terça-feira, 24 de novembro de 2009

Emanuel.
Sinto-me bem, passaram-se quatro meses de meu retiro espiritual forçado, foram quinze dias de temor, reflexão e um grande exercício de confiança. Deus foi misericordioso comigo e fez acertos em minha trajetória e principalmente em minha maneira de ver as coisas, as pessoas e principalmente, virou meus olhos pra dentro, onde pude contemplar a simplicidade necessária em nossa vida e a relação acanhada que sem saber somos levados manter com nosso espírito. Quando tudo parece chegar ao fim, quando a matéria se expõe cruelmente fraca, desvalorizada é aí então que deixa passar a suave nuance do despertar da verdadeira consciência, passamos a sentir o verdadeiro, o intrínseco e grandioso valor de tudo aquilo que já quase não percebíamos mais, descobrimos a morada do prazer imenso e incondicional do que realmente vale alguma coisa. A experiência de sentir o vento na pele, o calor, o banho e maravilha de percebermos o sabor adorável de uns simples goles d’água. Que suave sensação de ver e comer uma fruta, perceber o carinho que algumas pessoas são capazes de transferir com sinceridade. O misto de alegria e tristeza geradores de paz, quando percebemos um juízo mal feito ou uma avaliação indevida, a grande beleza dos simples, daqueles puros de espírito, os quais são assim e mal se dão conta. É grande a alegria de perceber distinguir o que é fútil, o que é tolice, perceber a maravilha de ser a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes. Assim nos lembramos das aves nos céus, os verdes campos, as águas tranqüilas.Naqueles momentos de dor e grande fraqueza senti algumas vezes “sozinho” no quarto de hospital, a companhia do Amor.
Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
Jesus esteve junto a mim cada minuto.
r.e.castro 24/11/2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009