terça-feira, 29 de janeiro de 2008


Gostaria de esclarecer.

Tenho falado muito sobre mim em minhas mensagens neste blog. Não gostaria que isto fosse interpretado como presunção de minha parte, nem sequer vontade de me promover. Acontece que após haver sido chamado por Jesus a me transformar em um homem melhor, passei a querer estudar cada vez mais a Palavra de Deus e a ter uma vontade muito grande de servir a Deus. Sei que emito opiniões que podem atingir pessoas de varias maneiras. O mais comum é perceber na maioria delas um sentimento de estranheza pela minha transformação. Já estão completando seis anos do inicio de minha conversão, esta mudança se faz aos poucos em alguns aspectos e em outros, imediatamente. Tenho como sentimento íntimo ter sido chamado a ser cristão na infância, não entendi, fui passando pela vida me moldando a resolver meus problemas e buscando não depender de ninguém, fazendo meu caminho, cultivando uma autoconfiança e classificando-me como um guerreiro, auto-suficiente, capaz de transformar as coisas a meu favor. Na vida, fora dos princípios cristãos, aprendemos a não respeitar todas as regras nos embates profissionais em geral, temos nossas necessidades e sabemos que o mundo é como se diz: cada um por si, permita-me a franqueza. Sempre me dediquei com afinco às minhas iniciativas, achando gozar de consciência tranqüila. Costumava me comparar aos demais, reparava serem iguais e a maioria piores que eu. Existe um código de “ética” que rege os procedimentos e as convenções são tácitas em transigência. Hoje em dia essas concessões contra bons princípios tornaram-se inexistentes, vale tudo mesmo! A vida cristã perfeita é inacessível a nós, somos e seremos pecadores, enquanto estivermos aqui. Agostinho de Hipona, disse com razão “não podemos não pecar”. Acontece ao mesmo tempo outra coisa muito interessante àquele realmente regenerado, fiel seguidor de Cristo, é para ele impossível não perceber o pecado cometido, pode recalcitrar, mas sabe que contraria ao Pai. A percepção do pecado, ao meu modo de ver, está para o espírito como o medo está para o corpo físico, o temor a Deus é o princípio da sabedoria. Atualmente não vivemos sob a Lei como nos tempos do A.T e sim dependentes da Graça Soberana de Deus. Falo sobre mim, emito opiniões, aprendi desde o inicio de minha caminhada a conversar com o nosso Pai e Criador, levando nossas preocupações, alguns problemas que só nós e Ele sabemos. Posso assegurar que tem dado certo, Deus me surpreende regularmente conduzindo minha vida de forma a me fazer perceber quão enganado eu estava: “obscurecido de entendimento, alheio a vida de Deus por causa da ignorância e dureza do meu coração” Ef 4:18 “no sentido de que, quanto ao trato passado, devo me despojar do velho homem, que se corrompeu segundo as concupiscências do engano” Ef 4:22. Este falar de mim engloba também uma confissão fraquezas e erros passados. Busco me revestir com a armadura de Deus, para poder ficar firme contra as ciladas do diabo. Gosto de declarar alto e em bom tom, contra principados e potestades, que embraço o escudo da Fé. Oportunamente, gostaria de dizer que não sou escritor, não tive preparo para isto, mas aos poucos busco melhorar, com a graça Deus! O Deus do impossível já fez e fará muito mais do que possamos imaginar a todo aquele que O segue, escuta o Seu Espírito, ama e busca imitar seu Filho Jesus! Sempre que for Sua vontade!

R.E.Castro. 28/01/2008

Filhos porque tê-los, se não tê-los, como sabê-los. (Vinícius de Morais)

Quando criança, já gostava de pássaros, gatos, cães, animais em geral e sentia uma felicidade enorme em acompanhar o processo de geração, nascimento e criação da prole. O que me fazia ficar mais impressionado eram os casais novos iniciarem sem experiência nenhuma, em meio a erros e acertos insistiam com tamanha determinação, que finalmente concluíam suas responsabilidades com a manutenção de suas empecíeis, quando não obtinham bom resultado, se entregavam a tarefa novamente com mesmo afinco. Era maravilhoso ver aquele instinto.
Pouco tempo atrás revivi essa experiência, com uma gatinha que temos em casa pela qual temos grande estima. Ela foi fecundada por um “genro” oportunista que confesso não ter gostado muito de sua postura diante das responsabilidades. Fiquei então na posição de futuro avô provedor da prole vindoura de minha “filha” adotiva. A gestação foi normal, acompanhada com muita atenção por todos nós “parentes” mais próximos. Quando vimos, já estava beirando à hora. Cheguei um dia em casa e percebi que ela estava em trabalho de parto e me pareceu que esperava por mim. Olhava-me com cara “de não sei” com a expressão mansa porem atenta, aguardava sinais, que se faziam notar incomodá-la a algumas atitudes, a quais ela deveria adivinhar, eu fazendo agora papel de pai e não avô, procurei apoiar, só apoiar. A partir daí senti firmeza nela (que doideira hem!) passou a fazer tudo direitinho, veio o primeiro, ela se enrolou um pouquinho e logo depois apareceu um jacozinho apressado querendo passar a frente. Ela passou a tratar do segundo, retornou depois a o primeiro, um tempinho depois veio a menininha, já encontrando a mamãe experiente. Foi de um esmero e asseio invejáveis, depois disso, sem marido criou os filhos sem em nenhum momento deixar a desejar, admiravelmente perfeita!Certo dia passou a rejeitá-los indicando que tratassem de suas vidas, foi firme! Quando partiram percebi a sua volta a rotina, organização de sua vida e uma confortável sensação de dever cumprido, dormindo feliz. Temos uma amizade muito próxima, percebo nela muitas atitudes comumente mais atribuídas a um cão amigo, e um ciúme de mulher!
No contexto familiar, passamos agora por experiência parecida, quando chegou o momento dos filhos alçarem vôo e partirem.
Nós homens somos diferentes, temos a tendência a querer não deixar partir. Lembrei da gatinha, seu olhar no momento difícil, pensei em Deus, olhei pra Ele do mesmo jeito e encontrei conforto!São os ciclos da vida, devemos aceitar!
Que Deus abençoe e guarde minha filha querida! Bom Vôo!
R.E. Castro. 28/01/2008

domingo, 27 de janeiro de 2008




Você não é normal.
Seria muito difícil exprimir sentimentos, os anos passam e a realidade obriga a constatação da Verdade. Como podemos ser felizes? Viver neste universo de espantosa maravilha e fazer parte do elemento destruidor, raça destemperada, egoísta, que cada vez mais radicaliza sua individualidade. E impressionante ver a ignorância de um ser, que não percebe que, sem manter a capacidade de agregação, sua característica básica e o equilíbrio natural do planeta hospedeiro, como condições primordiais da manutenção da vida humana. Este homem canibaliza, impõe o mal a própria espécie, em sua tirania a terra que o nutre. Não sei admitir a possibilidade de alguém poder viver ainda por muito tempo, resistir à resposta que o meio ambiente já demonstra. A incoerência e tal, que o mesmo que busca eternizar sua existência, regateia sua sobrevivência em vários aspectos de sua vida, teme a morte e ao mesmo tempo contraria todas as leis de manutenção e perpetuação de sua espécie. Onde esta a força evolutiva? Não seriam o medo, a dor e a ciência da morte, dons naturais no homem? Sinais para ele entender a necessidade de intervir de alguma forma na manutenção do meio ambiente? A chamada mãe natureza, matéria do corpo humano agoniza sob o ataque do filho Édipo que vem pela eternidade tentando inglório matar o pai, e persiste a atacá-lo, ignorar sua origem e semelhança. A dita mãe tornou-se vítima, da sina destruidora do filho que a prostitui. Que vantagem ser o único rico, o único feliz, o único saudável. Que vantagem possuir, sem haver com quem desfrutar? O homem insano nega semelhança de Deus, devora o planeta, a família, a vida em geral. Se você não assiste a tudo isso conseguindo ser feliz, se esta vida absurda levada nos padrões absurdos atuais lhe envergonha, incomoda a você a desgraça humana, você ainda e capaz de chorar pelo sofrimento de seu semelhante, se fica desconsertado em não poder ajudar ao próximo em certas ocasiões, saiba que você não e normal. Na verdade você pertence a outro mundo, aqui ratifico a afirmação feita em um texto anterior! Se este mundo não lhe agrada, bom sinal, você apresenta sintomas de ser um Filho de Deus! Agora precisa convidá-lo a entrar em sua vida!Tudo se esclarecerá!
Procure a Deus com sinceridade e não a negocio! Ele vai se apresentar a você! Atenção, não aceite atalhos, o caminho será espinhoso mesmo, mas você terá a certeza quando encontrá-lo!

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.(Ap 3:20)

r.e.castro. 26/01/2008









quinta-feira, 24 de janeiro de 2008


É preciso querer.
Quando vi os caras aí em cima, imaginei a tranqüilidade, confiança necessária para estarem onde estão. Não é possível ser simples irresponsabilidade ou loucura. Uma vez escutei uma história que incentivava os halterofilistas. Certo menino doente e franzino, salvara um bezerro que havia nascido no pasto em uma noite de tempestade. Passou os braços sob as pernas do animal, o levantou carregando-o para local protegido. Apegou-se ao animalzinho, ficaram amigos e dividiram o leite. O menino passou a fazer este ritual diariamente por ter concluído que o mesmo salvara ambos da morte. O tempo foi passando com menino e bezerro ficando fortes. A pratica desta tarefa, seu afinco, capacitou-o a vir a tornar-se tão forte a ponto de levantar o animal até depois de adulto.
Como terá sido o primeiro dia de trabalho destes homens da foto, será que já foram andando nas vigas, naturalmente seguros? Aposto que não, poderíamos entender que qualquer tarefa nova aparenta ser muito maior que na verdade é. Precisamos adquirir confiança e praticar disciplinadamente, o tempo apresentará resultados às vezes inesperados. Vejo muitas pessoas desistirem de seus objetivos nas primeiras derivadas da sorte, misticamente passam a atribuir mau augúrio e desculpas para desistência. Outros traçam objetivos superestimando possibilidades sem medir conseqüências.
A segurança vem de Deus!

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
(Hb 11:1)
r.e.castro.24/01/2008

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Assista o video
Arte, coisa de Deus!
Há algum tempo estava vendo tv , era final de ano, quando apareceu um anúncio, de um novo cantor, em uma chamada rápida,dizia: compre Paul Potts, ao fundo Nessun Dorma , Turandot, de Giacomo Puccini. Como sou apreciador dos clássicos e que ainda entristece a perda do nosso “último tenor” Luciano Pavarotti, gostei da novidade, pronto a alcançar prazer da música. Quem será este novo tenor, donde vem?Corri ao abençoado Google e achei no Youtube um conto de fadas, protagonizado pelo príncipe, que era do tipo que não poderia ser escolhido na multidão como tal, vi humildade, percebi a Arte. Era um tipo sofrido, pouca ou nenhuma sedução natural. Apresentou-se e propôs cantar ópera, uma ária de ópera. Pelo seu tipo físico, pouco agradavel atualmente, jeito simplório, nenhuma atitude de agressividade, foi precocemente rejeitado. Senti uma angustia, simpatizo com os menos favorecidos, confesso que duvidei, mas torci. Os acordes soaram, desafiaram o frágil desafiante ao azar,aparentemente tudo tinha pra perder. Meu coração apertou, senti indescritível sensação, ansiei vitória. A orquestra convidou o solista à difícil tarefa, que a tantos frustrou e a que a alguns coroou. Naquele momento o modesto vendedor de telefones celulares esqueceu a carne e se entregou ao espírito, dom de Deus.
Em uma interpretação digna, como os melhores da música, comoveu a todos, senti o que deve ser a semelhança de Deus, em um homem limitado como todos nós, ou melhor, a olhos da maioria, menos dotado.
O que vai ser desse homem, não sei, sua técnica deve ser natural, busca solitária e seu treinamento parece restrito. Não posso avaliar por ter visto e ouvido por meio eletrônico, não sei a grandeza da voz, não sei se poderá encarar o tanto que se exige, mas naquela noite .... Brilhou! Deus o abençoe! Ainda mais!!
R.E.Castro
22/01/2008

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008



Eu Não entendia.
Certas vezes me pego pensando, porque Deus não me converteu jovem, porque tive que errar tanto contra Ele e me sinto triste por tê-lo desagradado. Nessas horas vem um conforto, seria pra eu poder mostrar aos meus amigos, família, conhecidos em geral, como Deus é capaz de transformar um homem que foi conhecido por suas doidices, exageros, ser transformado e doravante procurar viver uma vida distinta buscando agradar a Deus.
Seria muito bem aceito, se não fosse o fato de ter esta situação um custo bastante alto. Nada que não mereça ser levada a frente nem que sugira desistência, porem ver amizades antigas se voltarem contra você usando de preconceitos e perceber a existência de oposição maldosa contra aquele que busca ser humilde, pelos mesmos que o culpavam de pretensão e fanfarronices é demais. Posso concluir que na verdade os que considerávamos amigos, não passavam de companheiros de caminhada mundana. A tão falada amizade não passava de um trato velado de pura aprovação de fraquezas ou leviandades, em um pacto de mútua aprovação. O companheirismo que acompanhava desde a juventude se vê deixado de lado, por suporem, você não aprovar mais certos comportamentos, mesmo sem você dizer nada. Sendo coerente meu raciocínio, passo a entender o porque de tantos, que eram considerados como amigos, passam, a não se agradarem da agora, nova companhia. Percebo assim, achar que a lei moral, tão bem apresentada por C.S.Lewis, em Cristianismo Puro e Simples ser uma brilhante prova de coerência cristã e existência de Deus. Venha quem quiser, seja quem for, me dizer não perceber ou nao ser avisado por sua consciência quando pratica um ato contra si mesmo ou contra o próximo. Sei que o tempo e o hábito de procedimentos maldosos, possa ser desenvolvido desde a infância e seja capaz de transformar um jovem, em um adulto refratário a uma conduta sadia. Percebi ao longo de minha vida muitos amigos iniciarem relacionamentos e demonstrarem amor constituindo famílias. Vi tantos sonharem, criarem objetivos comuns, gerarem filhos lutarem por uma vida melhor a dois e a certo ponto deixarem arrefecer o relacionamento e se inclinarem a aventuras absurdas. A meu ver uma vida de um casal que se respeita e se ama e uma aproximação a Deus. A meu ver a célula fundamental da Criação é a família. A família agrada a Deus. Quando um homem e uma mulher se unem e iniciam uma vida juntos, se aproximam de Deus. Acontece então um fato curioso, aos poucos, alguns tidos como amigos, os que não conseguiram prosperar em seus casamentos ou sequer encontraram o par, começam a colocar piadas e sugestões que depreciem a união, se não houver uma consciência e desde o princípio, um preparo e um acompanhamento, começa a minar amargura no relacionamento. Quando um homem ou uma mulher se une em casamento, estão buscando a Deus. Mesmo não que conheçam o Deus, eles serão abençoados, pois estarão sendo usados para gerar criaturas ou filhos de Deus. Quando um homem ou uma mulher se converte e inicia a trajetória cristã, também inicia um casamento. Um casamento gera vida através dos filhos, uma conversão gera vida eterna através do Filho, Jesus. Deste modo podemos crer e aplicar em nossas vidas um ensinamento de Deus, quando casamos ou quando nos convertemos, causamos aos demais um deslumbramento, os mesmos que nos perseguirão ou desdenharão as uniões, são aqueles que não foram ainda tocados pelo magnífico poder de Deus, mas não deveremos interpretar que não sejam filhos de Deus, simplesmente como eu fui, poderão ser, trabalhadores da seara de Deus chamados depois. Então entendi, o preconceito que volta e meia percebo, a humilhação que tentam nos causar, ser na verdade uma prova da presença de Deus em nossas vidas!

-Bem-aventurados sois quando, por minha causa vos injuriarem, vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vos.....(Mt 5:11,12).


Ruy Eduardo de Castro.
21/01/2008.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


Mãos sujas.

Certa vez estava dirigindo e tinha a companhia de um colega de trabalho, quando subitamente atravessou a rua um deficiente físico, que me causou grande tristeza, tamanha sua incapacidade. Isso passaria e cairia no esquecimento, devo confessar, com o tempo vergonhosamente nos habituamos cada vez mais às desgraças, vivemos tempos difíceis e poderia me desculpar extensamente e ser considerado desculpável. O que me surpreendeu e tornou-se inesquecível foi a reação da pessoa que me acompanhava, ele gargalhou!Nunca o havia visto tão feliz!
Esta semana estava assistindo um canal privado, se não me engano o GNT, quando apresentaram um comercial de uma serie de tv, na qual apresentavam cenas de violência e desgraçadas situações passadas por pessoas comuns. Teria passado e caído no esquecimento se não fosse o comentário apelativo do reclame: “Se você gostou das cenas e ficou feliz com o sofrimento alheio, saiba que você é normal !” assista ao programa tal dia etc...
Esta semana peguei de passagem o Fantástico divulgar uma nova droga, tipo anabólicos, fazendo ao mesmo tempo verdadeira/duvidosa/mentirosa apologia, parecia anúncio, se achar legal use, mas atenção, naquela voz MistereMiana do apresentador. Outro li nos jornais um artigo sobre freqüentadores de boates para público homossexual que incluía entre outros pastores.
Participam de treinamentos diários os que assistem novelas. As potencializadoras do malcaratismo inato do ser humano decaído, ensinando e aperfeiçoando em todas as áreas da miséria humana. Por aí vamos em meio pânico na tv,Gimenez, Big Brothers etc...os jornais são semeadores da depressão diariamente, com manchetes e conteúdos grotescos. Pura grosseria e mau gosto a torto e a direito! Será que não acontece nada de bom no mundo?
Quando garoto assisti, em um cinema poeira de fácil acesso, a um filme impróprio, chamado Mundo Cão. Lembro-me bem que na época foi considerado um absurdo! Hoje seria uma coleção pueril de curiosidades. Desde então passei a reparar a polêmica sobre censura e cresci achando legal liberar geral. Acredito que a maioria da sociedade e dos meus contemporâneos concordou com isso. Vieram os militares arrocharam a censura, usaram e abusaram do direito de proibir e assim segui convicto até a algum tempo quando nós, acredito, todos vimos que engrossou o caldo. Infelizmente sou obrigado a dizer: caiamos na real, sem hipocrisia, estamos colhendo o que plantamos! O que você que mora bem, está empregado, com as contas em dia faria, se acordasse morando no Complexo do Alemão com os filhos famintos e sem futuro?Alguns de nós agimos para este mau os outros se omitiram! Todos somos culpados, não adianta agora fazer protesto para achar culpados, e curas milagrosas para o mal social, somos todos culpados, devemos nos reunir e fazer um meaculpa, lavar o rosto pela manhã e estender a mão ao miserável que cresceu faminto, assistindo playboy curtir a vida. Não se resolverá tão cedo, brincamos com Deus! Estive esta semana na cidade e um comerciante dono de loja, me falou que Deus pisou na bola! Porque permitiu tanta miséria?
PELAMORDEDEUS!!!!! Como diriam os paulistas, A SOLUÇÃO COMEÇARÁ EM NÓS MESMOS, EM NOSSAS CASAS, ACORDEM, DEIXEMOS DE SER CÍNICOS EM CARROS BLINDADOS! Que horror, roubaram meu Rolex, pobre de mim, o palhaço me fez mostrar a calcinha!
Aguardem, assim vão ver muito mais!!! E parem de comer brioches!!!!Houve um que declarou nos jornais comer trufas, em país de miseráveis!Quanta sofisticação!!!Facista!
Estamos TODOS com as mãos sujas do sangue!!!!
Que Deus, mais uma vez tenha piedade de nós!!!e de nossa sociedade obtusa.

Ruy Eduardo de Castro.
17/01/2008.



O Cassino.
Era uma noite comum, o céu mostrava estrelas, mas sem muita expressão, não era uma noite de estrelado brilhante. Foz do Iguaçu é uma cidade comum que vive de um turismo limitado a poucos pontos turísticos. As cataratas sua principal atração é um estupendo turbilhão de águas, exulta inesgotável exuberância da criação. Parecia que concentrava o inexprimível e o expunha em uma linguagem accessível a qualquer ser, independente de sua capacidade ou sensibilidade, impossível não admirar. Uma noite, fomos levados a conhecer um cassino. Não gosto de jogos de azar, para mim são como amores comprados, que levam a prazeres vazios, que só reluzem quando acompanhados por drogas ou fugas. Lugares da noite que acolhem sofrimentos e enganam sonhadores sem fibra. O ambiente de espera é notável pelo entusiasmo impulsivo. Aspirantes ao ganho fácil, inconseqüentes amadores flertam a sorte desprezando o azar, o desconhecido. Quem atenta observar percebe comentários liberais que parecem ser ditos como forma de aprovação íntima, de quem transgride consciente uma lei moral. É um ambiente de freqüentes risos quase histéricos, de pessoas comuns que naquela noite se permitiram abusar, soltar amarras, navegar o inconsciente reprimido. Os olhares são sedentos, apontam espasmos de prazeres precoces. O veículo para na alfândega, sem muita demora, porem o tempo bastante para um dos passageiros perceber num cabeludo que andava ao largo, a aparência de Jesus e fazer insensatos comentários desdenhando princípios cristãos, tolo, simplesmente como ratificando sua pseudoliberdade. Em meio a tudo isso, reparo um senhor calado de barba descuidada, acompanhado de uma muleta que até então parecia estar alheio à trama. Inexplicavelmente foi notado por todos a meu ver simultaneamente se tornando alvo de perguntas quando revelou ser jogador contumaz. Dissertando com ares de expert sobre suas andanças, disse ter freqüentado todos os cassinos do mundo. Afirmava ter jogado em Monte Carlo, concluiu este ser o melhor, por seu charme e sofisticação. Nesses poucos momentos o velho se transformou em uma espécie de Hunphrey Bogart em Casa Blanca, tratava o jogo como um esporte fino, afirmou com orgulho haver freqüentado nos últimos cinqüenta anos cassinos todas as noites, todos calaram, chegamos.
O grupo penentrou no ambiente envolvido pelas cores das luzes que piscavam sem parar. Podiamos ver as faces, arriscar histórias passadas e o porvir. Eram como novelas mudas em um cenário pretensioso que acusava, se bem olhado, sua vocação mambembe. Havia a intenção de criar luxúria, riqueza, mas acho que só pegam ingênuos e idiotas prepotentes. Um casal jovem que viera junto conosco desde o hotel sentou pra jogar em um caça níquel, jogavam com notas de dólar em vez de moedas, perdiam rápido e ele xingava a máquina, mas continuava arrogante desafiando o Demo, sua jovem mulher aparentava desconforto ou medo, olhava de esgueio, desgostosa, me pareceu amargando a lua de mel. Os cassinos olham como prostíbulos, são cínicos, não chegam a me causar raiva, mas dó da platéia, como em um circo pobre se sente dos artistas rotos. É desconcertante a atmosfera de contraste entre o estar imune e o participante envolvido, é como um anzol para gulosos. Interessante o domínio da cor vermelho, seu efeito lisérgico, envolve conotações misteriosas e presença estranha. Mulheres sinuosas tentam enfeitar e exprimir glamour, funcionários em roupas gastas, vencidas, demonstram pobreza paralela. Enjoamos rápido do lugar e do cheiro de cigarro demos uma rodada e fomos para o hall esperar a van. Aos poucos foram também voltando um a um com cara de sem graça, logo estavam já do lado de fora esperando o carro ansiosos, só viria aquele, perdendo, só de táxi e caro. O transporte chegou embarcamos em silêncio. Então veio o velho, reparei seus olhos opacos, já não falava nada sentou ao meu lado. Lá fora, agora as luzes e sons lembravam um mafuá ou som de disco de vinil arranhado, efêmero encanto!
O motorista disse que esperaria somente mais três minutos pelo casal que faltava e assim partiu justo!Todos voltaram mudos e arregalados pela falta daquele casal jovem que falava mal da máquina.
A peneira pegou dois. A vida assistirá à novela.
Na alfândega na volta o cabeludo estava lá, ria e expunha suas tatuagens, um brinco e dentes de ouro, ninguém notara na ida!

Ruy Eduardo de Castro.
16/01/2008.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008


Manancial.


Deveríamos ser como córregos e brandamente avançarmos pela vida buscando os caminhos mais convenientes, tentando transpor as vicissitudes, nos moldando as possibilidades e tentando ser felizes. Lutando para nos contentarmos com as situações, aceitando o possível, descartando métodos transigentes que possam nos levar a fazer concessões regidas por “éticas” oportunistas. Seremos assim ribeiros limpos que procedem cumprindo seus objetivos de forma naturalmente clara e substancialmente pura. Percebemos em nossas personalidades capacidades inatas, que nos incitam a traçar metas, vemos verdes campos a transpor, vemos um futuro próspero, nesse momento ingenuamente propomos ao Deus, muitas vezes sem conhecê-lo bem, que abençoe nossos caminhos. Prometemos o bem, crendo poder dividir prosperidade em um coração que mana idealismo e prazer em fazer o bem. Somos assim jovens ingênuos de futuro promissor. Vejo homens de idade adulta com cabelos já branqueando ou já totalmente brancos, às vezes pintados, que me parecem terem sido em sua juventude, fontes de virtude.
Esta semana li nos jornais críticas ao prefeito da nossa cidade e o descontentamento da população, entre eles muitos eleitores seus, se sentindo desprezados, amargando conseqüências que não esperavam que dele pudessem vir. Vejo também indivíduos do mundo artístico que se debateram para atingir fama e visibilidade, quando atingem estranham fãs classificando-os como chatos, inconvenientes. Sinceramente isso tudo me incomoda por perceber a ingratidão para com homens e também com Deus. Não é fato pertinente eu achar que estas pessoas um dia no início de suas trajetórias invocaram o transcendente, sejam eles de qual religião for para obterem ajuda e após conquistar, olvidarem. Porem o espanto maior transparece a mim, ser o que acontece no meio cristão evangélico, homens que deveriam temer a Deus, desfrutam de situações confortáveis no mundo secular, Graças a Deus e sendo que por meio de doações e contribuições de toda espécie possibilitando seus estudos, realizações, tornarem-se verdadeiras prima-donas. Passam a ter horror de povo, os crentes passam ser generalizados como problemáticos, perturbados, inconvertidos, oportunistas, pedintes de igreja e as mais variadas classificações. As lideranças estão criando classes de membros como no catolicismo, estamos criando categorias e sistemas eclesiásticos aristocratas. O jovem nasce ignorante se instrui por seus méritos e principalmente pela Graça de Deus, quando chega ao ponto de retribuir a Deus, está sensível a suscetibilidades, exigente para com o mundo, pois tendo desenvolvido qualidades pouco comuns aos simples mortais, se resguarda ao direito de não ter paciência e escolher seu séqüito, que por sua vez age da mesma forma. Cria-se então uma estrutura empresarial ao invés de um caráter altruísta. Houve um cristão que uma vez disse: prego sempre o evangelho, quando necessário uso palavras. O testemunho cristão de vida espelhada em Cristo, é a meu ver como árvore plantada a beira do ribeiro citada no salmo primeiro.
É muito interessante este fato de pastor passar a não gostar de ovelhas, não ter paciência, querer escolher serviço, se o fazem são empresários e não pastores das ovelhas de Deus!São verdadeiras celebridades, querem visibilidade na mídia, produção em série de milagres, abusam da credulidade e fraqueza dos desesperados que sofrem, são punguistas, verdadeiros corvos. Devemos orar a Deus por eles, gostaria que se convertessem, mas não posso pedir por entender que ela vem pela Graça de Deus através da fé em Jesus, acredito na predestinação e se assim não fosse seus méritos também não os aprovariam. Confesso que temo que a qualquer momento Deus vá fazer uma limpeza nestes falastrões cabotinos, demagogos e charlatões.
Gostaria de dizer às pessoas que possam vir a ler estes meus comentários, que não se deixem confundir por essas pessoas, permaneçam firmes no Criador da vida, no Criador do mundo que nos reabilitou através do sacrifício vicário do Cristo redentor o Manancial de águas vivas que individualmente nos acolhe e conduz que não depende de ninguém para atingir àquele que quer. Devemos congregar, é bíblico, é saudável, é bom, devemos mutuamente dividir nossas cargas, ore a Deus por seu pastor ou para ter um bom pastor, (existe sim!), mas não esqueça que se Ele quiser falar contigo pode dispensar os burros e usar as mulas se for necessário. Chegará o dia final e estes terão a verdadeira noção do sentido do verbo arrepender!Não sou pastor, não estou generalizando e sei que existem muitos servos sinceros de Deus, ore meu irmão e não acredite em factóides e nem naqueles que prometem facilidades, fale diretamente com Deus através de Jesus o Caminho que leva ao Pai e aguarde a ação do Espírito Santo em sua vida, tenha fé Ele vem!Ele disse: Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, que Eu os aliviarei....(Mt 11:28)
Ruy Eduardo de Castro.
16/01/2008.