domingo, 29 de junho de 2008



Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale, mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda.

sábado, 28 de junho de 2008


Trajetória ou alvo, qual o mais importante?
Realmente é muito interessante notarmos após um tempo de caminhada, olharmos para traz e tentar ver de forma imparcial nossa trajetória. Tendemos a ser indulgentes com nós mesmos e talvez seja melhor assim, o tempo passou as oportunidades vieram e se foram, escolhemos caminhos e chegamos onde estamos. Alguns como eu, mantiveram uma forma de agir disposta a avançar cumprir metas aceitando objetivos arriscados, desbravando e conseqüentemente errando e acertando de vez em quando. Na hora do balanço, podemos observar entre outras coisas erros grosseiros e acertos casuais. A segurança de ontem mostra-se hoje, pura ingenuidade talvez mais certo chamar ignorância, se bem vista. Temperamentos positivos no sentido de disposição para riscos e peito aberto para a batalha da vida. Vemos outros que não se dispuseram a agredir a situação tentando mudá-la sempre que necessário, aguardando oportunidades, questionado a cada momento e escolhendo bastante, sem medo de deixar a sorte passar. Não sei como é isso, talvez seja mais seguro, porém fico pensando, como saber como será se não tentar. Imagino a frustração de não tentar e não consigo me ver acuado descartando oportunidades, por mera insegurança e falta de disposição para correr riscos. Atualmente sinto uma percepção diferente que gostaria de ter tido quando jovem e no início da caminhada, percebo a providência de Deus, como muitos muito tempo não percebi a companhia de Deus. Entendo hoje que somos todos sujeitos a errar mais do que a acertar os alvos, não podemos ver nossa própria condição, mesmo sendo ela a melhor possível, obter total abrangência, amplitude, sempre que acertamos , erramos de alguma forma ao mesmo tempo. Somos naturalmente levados a ter uma visão restrita da realidade, se não tivermos ocupados em perceber a intenção real da iniciativa e a vontade de Deus, esta sim a parte mais importante. Agora percebo a forma certa de ser audacioso, não fugir das provas e oportunidades, mas sem intensificar a possibilidade de erro. Somente sob a influência de Deus, a observação de seus critérios, sua ética seremos possibilitados ao acerto. Deus tem e somente Ele tem a visão total de nossas vidas; início, meio e fim. Sob seu governo seremos agraciados com uma vida agradável e equilibrada. Deus quer a nossa felicidade, Ele sabe o objetivo. Por mais que pudéssemos imaginar não teríamos noção do que nos espera, mas podemos ter certeza que não existe o acaso, não estamos aqui simplesmente para uma mera celebração a prazeres temporais. Olhe os que o cercam,veja os que estão rindo no mundo a sua volta e procure saber da sua realidade, perceba a tua vida e veja como somos movidos por sentimentos rasos de alegria volátil. A aparente alegria pode dar lugar rapidamente a sentimentos menos confortáveis. Deus nos fez para amá-lo viver segundo o seu propósito fora disto tudo é ilusão, por mais que para nós aparente realidade. Jesus é o modelo a ser seguido, o primogênito entre muitos!
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Rm 8:28
r.e.castro 28/06/2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008


Percepção.
Para viver, estudar, trabalhar é preciso se organizar. Aliás, organização é preciso em tudo. As coisas têm seus lugares certos e as pessoas têm seus afazeres certos, vocações muitas vezes são descobertas tardiamente, uma pessoa trabalhar em uma coisa que não gosta pode acarretar uma vida de angustias e desilusões. Não podemos, ou melhor, não devíamos buscar o trabalho somente como meio de conseguir dinheiro. O dinheiro deve ser uma conseqüência de uma atividade exercida com gosto. Já houve quem disse que o trabalho é o melhor lazer do homem, eu não chegaria a este extremo, pois se visto desta forma tenderá a ocupar o espaço de outras atividades também muito importantes. As mudanças são constantes, as coisas evoluem, devemos nos manter abertos para as novidades e tendências de forma a estarmos sempre atualizados e manter a organização de nossas vidas, equilíbrio. Muitas vezes somos demasiadamente envolvidos com atividades e compromissos. Achamos-nos eficientes e empreendedores sendo auto-suficientes, dispondo de dinheiro, nos entendemos como “vencedores” e nos consideramos especiais. Acontece que vemos o momento e não temos uma visão macro de nossas vidas, não sabemos o futuro, apenas um setor que vai bem naquele momento, como estará indo o resto. Como estará o relacionamento conjugal, a criação de filhos, tendemos a pensar que o dinheiro resolve tudo. Na verdade ele ajuda muito, merece nossa atenção especial para que não venha faltar. Porém a meu ver seria melhor que não sobrasse dinheiro, se o preço desta aparente tranqüilidade, custasse no futuro muitas horas de tristeza e arrependimento. Poderemos notar que não vimos muita coisa importante se criando, tornando-se problemas que serão vistos tarde demais. Devemos estar atentos à nossa vida como um todo e não simplesmente nos contentando e nos dedicando ao que vai bem, fechando os olhos para certas coisas, que muitas vezes estão na cara que não estão bem. A vida com Deus propicia este equilíbrio, e a percepção da necessidade deste equilíbrio. Devemos ter como meta o bem estar, mas para que ele exista devemos nos organizar material, emocional e espiritualmente. Pense a falta que Deus pode estar fazendo em sua vida, enquanto você não tem olhos para alguma destas áreas. Muitas vezes não é tão fácil distinguir a realidade.
“Ouve, meu filho, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás”
PV 4:10.11.12.
r.e.castro 25/06/2008

terça-feira, 24 de junho de 2008


John Bunyan
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Bunyan teve pouca educação escolar. Ele seguiu o seu pai no comércio de Tarish Tinker, e serviu no exército parlamentário de Newport Pagnell (1644–1647); em 1649 ele casou-se com uma jovem mulher. Viveu em Elstow até 1655 (quando sua esposa morreu) e então se mudou para Bedford. Ele se casou de novo em 1659.
Em sua auto-biografia, Grace Abounding ("Abundante Graça"), Bunyan descreve a si mesmo como tendo conduzido uma vida abandonada em sua juventude; mas não existe nenhuma evidência que ele era pior que seus vizinhos: o único defeito que ele especifica é a profanação, além da dança e persuasão. O surpreendente poder de sua imaginação o levou a contemplar atos de impiedade e profanação, e a uma vívida realização dos perigos por eles envolvidos. Em particular ele era atormentado por uma curiosidade concernindo o “pecado imperdoável,” e uma preposição que ele já o havia cometido. Ele continuamente ouvia vozes alertando-o a “vender Cristo,” e era torturado por temerosas visões. Depois de severos conflitos espirituais ele escapou desta condição e se tornou um entusiástico e assegurado devoto. Ele foi recebido na igreja Batista em Bedford por imersão no rio River Great Ouse em 1653. Em 1655 ele se tornou um diácono e começou a pregar, com marcante sucesso desde o início.
Bunyan discordava fortemente dos ensinos da Sociedade dos Amigos e tomou parte, durante os anos 1656-1657, em debates escritos com alguns de seus líderes. Primeiramente, Bunyan publicou "Some Gospel Truths Opened" ("Algumas Verdades do Evangelho Abertas") na qual ele atacou crenças Quaker. O Quaker Edward Burrough respondeu com "The True Faith of the Gospel of Peace" ("A Verdadeira Fé do Evangelho da Paz"). Bunyan refutou o panfleto de Burrough com "A Vindication of Some Gospel Truths Opened" ("Uma Vindicação de Algumas Verdades do Evangelho Abertas"), respondida por Burrough com "Truth (the Strongest of All) Witnessed Forth" ("Verdade, A Mais Forte de Todas, Testemunhada Adiante"). Depois o líder Quaker George Fox entrou na rixa verbal publicando uma refutação à redação de Bunyan em sua obra "The Great Mystery of the Great Whore Unfolded" ("O Grande Mistério da Grande Prostituta Desvendado").
Em 1658 Bunyan foi processado por pregar sem uma licença. Não Obstante, ele continuou a pregar e não sofreu um aprisionamento até Novembro de 1660, quando foi levado à cadeia municipal de Silver Street, Bedford. Ali ele ficou detido por três meses, mas, por se recusar a se conformar ou desistir de pregar, seu encarceramento foi estendido por um período de aproximadamente 12 anos (com exceção de algumas poucas semanas em 1666) até Janeiro de 1672, quando Carlos II emitiu a Declaração de Indulgência Religiosa., Bunhill Fields, City Road, Londres. (Janeiro de 2006)
Naquele mês, Bunyan se tornou pastor da igreja de Bedford. Em Março de 1675, ele foi novamente aprisionado por pregar, desta vez no cárcere de Bedford, localizado na ponte de pedra sobre o rio Ouse, porque Carlos II havia anulado a Declaração de Indulgência Religiosa. (O mandado original, descoberto em 1887, foi publicado em fac-símile por Rush and Warwick, London). Após seis meses ele foi liberto e devido a sua popularidade, não mais foi molestado.
A caminho de Londres Bunyan foi acometido por um forte resfriado, e morreu de febre na casa de um amigo em Snow Hill no dia 13 de Agosto de 1688. Seu túmulo está localizado no cemitério de Bunhill Fields em Londres.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Peregrino. John Bunyan.
Capítulo 1.
Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em um lugar onde havia uma caverna. Ali deitei-me para descansar. Logo adormeci e tive um sonho[1]. *[acesso ao site]
Vi um homem de pé diante da casa onde morava. Tinha sobre as costas um fardo pesado e nas mãos um livro (Is 64:6; Hc 2:2; Lc 14:33). Olhei para ele com atenção e vi que abria o livro e o lia. À medida que ia lendo chorava, e finalmente perguntou em alta voz: "Que devo fazer para ser salvo?" (Hc 1:2,3; At 2:37 e 16:30,31).
Visivelmente abalado voltou para casa, esforçando-se para controlar-se, pois não queria que sua mulher e seus filhos percebessem sua aflição. Porém, como a certeza de que era um pecador e que necessitava de perdão aumentava, ele não pôde mais disfarçar seus sentimentos diante da família. Chamou a todos e disse-lhes:
— Querida esposa e filhos amados do meu coração, não posso mais aguentar o peso deste fardo de pecados que está esmagando os meus ombros. Tenho certeza que esta cidade em que moramos vai ser destruída em pelo fogo do castigo de Deus, e que todos morreremos nesta terrível catástrofe se não encontrarmos um meio de escapar. O meu medo aumenta quando penso na possibilidade de não encontrarmos esse meio de salvação.
Ao ouvir estas palavras, a família de Cristão ficou cheia de medo e espanto. Não de a cidade vir a ser destruída, e sim de Cristão ter enlouquecido.
Estava anoitecendo. Certamente uma boa noite de sono faria com que ele esquecesse tudo aquilo. Foi o que sua esposa e filhos pensaram. Levaram Cristão para seu quarto, mas ele passou a noite em claro, chorando e lamentando-se pelo seu estado espiritual e de sua família.
Pela manhã, quando lhe perguntaram se estava melhor, Cristão disse que a certeza de que todos corriam perigo de morrer, se continuassem naquela cidade, o afligia cada vez mais. Continuou a falar sobre isso, mas sua família, em lugar de ouví-lo, passou a tratá-lo com dureza. Esperavam conseguir pela força o que não conseguiram pela doçura. Alguns zombavam dele; outros o repreendiam. E todos o desprezavam. Cristão trancou-se de vez no seu quarto para orar e chorar. Algum tempo depois saiu para o campo, procurando encontrar na leitura e meditação na Bíblia algum alívio para seus sofrimentos.
Certo dia em que estava no campo lendo a Palavra de Deus e meditando, parou e perguntou outra vez: "O que devo fazer para ser salvo?". Olhava de um lado para outro, procurando um caminho por onde pudesse fugir. Porém, não o encontrando, continuou parado, sem saber que direção tomar.
Vi, então, aproximar-se dele um homem chamado Evangelista (Jó 33:23). Houve entre os dois o seguinte diálogo:
— Por que está chorando?
— Porque este livro me diz que estou condenado à morte, e que depois serei julgado (Hb 9:27), e não quero morrer nem estou preparado para comparecer em juízo (Ez 22:14).
— E por que você não quer morrer se sua vida é cheia de tanta coisa ruim?
— Porque tenho medo de que este fardo que carrego nas costas me sepulte de maneira mais profunda do que o próprio sepulcro, e eu venha a cair na fogueira, no inferno, que a Bíblia também chama de Tofete (Is 30:33). Não quero ir para essa prisão horrível da condenação eterna, nem muito menos estou preparado para comparecer perante o Juiz dos juízes. Eis a razão do meu pranto.
— Então o que você pretende fazer, agora que está consciente da sua situação?
— Não sei o que fazer nem para onde ir.
— Tome e leia (deu-lhe um cartaz escrito "Fuja da ira futura", Mt 3:7).
— E para onde devo fugir (após ter lido)?
— Você está vendo aquela Porta Estreita (Mt 7:13,14?, disse o Evangelista apontando para um campo muito largo e longo.
— Não, não estou vendo.
— Não está vendo uma luz brilhando ao longe (Sl 119:105, 2Pe 1:19)?
— Sim, eu acho que estou vendo.
— Pois não a perca de vista. Vá direto a ela, e encontrará uma porta. Bata, e lá lhe dirão o que fazer.
1. O autor refere-se poeticamente à sua prisão, enquanto escreve o livro

*Se despertar em você interesse de ler a continuação, clique em [1] e acessará o site.

domingo, 22 de junho de 2008


“... A seu tempo, quando resvalar o seu pé” (Deuteronômio 32.35).

Está chegando.....
Vemos cada vez mais o abuso e prepotência. Um descontrole geral na humanidade, uma face atraente que oferece variadas formas de prazer, que na verdade embute uma armadilha ampla determinando a cada um, o destino sórdido por pura opção. O homem não vacila e esbanja sua vocação ao egoísmo e a crueldade. Os episódios se repetem mundo afora mostrados perante face de Deus, que descontente com o ser humano e sua capacidade de ofendê-lo, desfere golpes de lembrança de que a mão do homem não prevalece, pois se fazem desentendidos quanto à criação, escolhendo seus caminhos e renegando sua origem. Pecam por conveniência ao buscar o conforto material desmedido para alguns, preterindo a grande maioria, que ignorante repete os erros de suas lideranças. A aparente prosperidade já demonstra sinais de fracasso e desmoronam planejamentos globais de embuste, de índole comprometida. Percebe-se ao mesmo tempo o levantar de novas lideranças imbuídas de boas intenções, porém correndo sérios riscos de interrupção precoce. O berço da América foi virado e não pode mais embalar prodígios. Não existe mais a capacidade de agregação honesta, há comprometimento com tudo e com todos, é uma verdade mundial, sinal dos tempos. Percebo os palcos da tragédia serem erguidos sem percepção, o homem turva sua visão já muito comprometida. A fome que assola os pobres, já ameaça os povos ricos. A proteção contra o inimigo provável desvanece diante das perspectivas calamitosas. Décadas de investimento em armas mostra seu óbvio desperdício. O homem não se alimenta de bombas nem sequer se hidrata com urânio. O ouro e a prata valerão em breve menos que arroz, a falta d’água suplantará todas as necessidades. A corrida ao ouro terminou doravante a humanidade voltara a lutar por comida, pela necessidade básica. A massa desprotegida avança em número, as instituições estão falidas, o homem inverteu a pirâmide etária, envelheceu e não produziu para as vacas magras. Os celeiros estão vazios. As alternativas apresentadas levam ao aprofundamento da crise, continuam investindo no insólito. As cortinas estão se abrindo, urge que os joelhos se dobrem,que caiam os semblantes e que se respire o pó da terra.
“Vede, agora que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim....”Dt32:39.
r.e.castro 22/06/2008

sábado, 21 de junho de 2008


A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
A Vila.

O filme faz com que deparemos com inúmeros eventos fenomenológicos observáveis sem muita dificuldade. Um grupo de pessoas liderado por um conselho de anciãos resolve, após inúmeros dissabores e tragédias na convivência social tradicional em cidades, abandonar esta forma de vida. Retira-se para formar uma utopia, caracterizada pela vida longe das conglomerações urbanas. Planejam e realizam criteriosamente o que consideram uma comunidade regida por princípios rígidos de convivência marcados por uma ética de convenções revolucionárias. Fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade
No início do filme podemos notar a retórica saudosista, se observarmos o retorno no tempo, que se pode ver nas datas da lápide de mármore, da cova onde seria enterrado o corpo do rapaz que havia morrido, por falta de socorro médico adequado. Também reparamos os antiquados usos e costumes, por suas roupas e o aparelhamento despojado de conforto no qual vivem, fazendo crer estarem em época provavelmente século XVI. A falta de conforto, como energia elétrica e utensílios domésticos modernos tipo: fogões, geladeiras etc. Porém não ficam por aí, criam uma sociedade alternativa ponteada por uma ética de educação e de comportamento que seria considerado incomum atualmente. Desta forma em sua cidade sonho, desenvolvem critérios de controle e manipulação de identidades, tornando os nascidos no lugar um povo desprovido de defesa para uma sobrevivência real. A fuga desenrola-se aparentemente bem, mas repara-se a violência apresentada em cores diferentes, transformando aquele povo em doentios seres. Elegem tabus e dogmas como a cor vermelha e consideram o universo que os rodeia hostil. Criam inimigos de sério potencial agressor, com os quais mantinham acordos de convivência “pacífica”, sendo cada qual restrito à seus limites territoriais.Demonstram seu cinismo ao fraudar rituais de entrega de sacrifícios mediante oferta de partes de animais. A importante reflexão dos fenômenos mostra que realmente o homem é capaz de crer no que imagina e viver em função dessa “realidade fabricada”. A fraude criada para manter o povo naquele lugar começa a frustrar o ideal utópico, apesar de sua premissa honesta, porém baseada em uma ingênua ilusão. O mundo é composto de uma diversidade “incontrolável” mesmo aos pequenos grupos humanos. Afloram personalidades autênticas saudáveis e o oposto doentio, também se faz ver, causado pela opressão, e falta de liberdade. Percebemos a criação de rituais de controle e a reação desesperada e mesmo pânico, demonstrado por eles em oportunidade de jogos e brincadeiras juvenis ou nas incursões corajosas por elementos de personalidade de característica heróica. Os fenômenos constituem o mundo da forma que nós o experimentamos, ou buscamos fazer existir, ao contrário do mundo da realidade, como existe independentemente de nossas experiências, em si mesmo por sua condição independente. O homem é capaz de criar realidades virtuais. Não concordo com a visão estereotipada do homem ter criado Deus , mas creio na sua capacidade de criar deuses a sua conveniência. O filme em si é um exemplo da manifestação da idolatria antropomórfica, onde o grupo ou o líder cria um mundo ideal independente, depara com sua própria limitação, da mesma forma que no universo real. Achei interessante a capacidade de integração e adaptação humana às condições, quando mostrado por ocasião da ida ao mundo real e o retorno à condição utópica. Percebemos o grupo criando “verdades” para justificar sua conveniência, aproveitando-se de fatos ocorridos acidentalmente para ratificar sua iniciativa coerciva e ditatorial. Percebi a mensagem da incapacidade humana de criar o seu pseudo paraíso, a decorrência do imprevisível, do incontrolável, o círculo vicioso da condição miserável do ser humano caído. Transformaram a verdade e a apresentaram como tal aos seus próprios descendentes. Mesmo assim, os criando em uma redoma não conseguiram manter o controle, vindo a perder o rumo. Não conseguiam realmente se livrar do passado e da dura realidade, aparentando uma analogia às diversas formas insatisfação e de fuga humana.
Depararam a certa altura com a confusão emocional criada que culminou em um estúpido assassinato, mostrando a natureza má do ser humano, mesmo quando ignorando ingenuamente à realidade. Percebemos a realidade do mal em sua condição intrínseca ao homem em sua herança adâmica. Percebi que talvez possam ter inferido uma acentuação da validade da exclusão e a uma possível alusão a uma conseqüente implantação de divisões sociais, sob um regime de castas ou algo parecido. Vemos na personagem da jovem cega, e do rapaz Lúcius querendo mostrar talvez assim, um caminho ao radicalismo exclusivista, por uma depuração de qualidade humana ou uma essência pura. Percebi a sutileza da bondade no líder, mas em situação particular de seu interesse, pelo mesmo que provavelmente se sentiu confortável, ao permitir o cruel destino ao filho alheio, mostrado no funeral da abertura do filme. Mostra a fragilidade e corrupção humana de uma forma bem clara. Se por acaso o escritor ou diretor quis desmoralizar a Deus, o tiro a meu ver saiu pela culatra, explodindo em sua face. A provável alusão liberal, encobre de tendências sectárias, relembram a personalidades psicopatas, comunidades de “raça superior”. Não podendo deixar de me posicionar claramente, aproveito a ocasião para definir minha convicção de que o pensar cristão, de existência de um povo eleito, salvo, não é uma desembocadura de raças melhoradas por obras, mas como define a visão reformada, vem pela graça de Deus através de Jesus. Constitui um padrão de justiça externo, vinda de Deus e não por méritos pessoais.
r.e.castro 21/06/2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela. Mt7:12.13.14


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta. Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa
O Brasil chora!
Que bom poder observar a vida, vermos as árvores ao vento quando a chuva caindo as alegra e sacode. Estamos na época dos Ipês, começou cedo, vai até setembro. Vemos nas serras os roxos fantasiados de quaresmas, mas certamente são elas que os imita. Planta nobre o Ipê, árvore que é símbolo brasileiro. Existem também os brancos, raros e belos, porém para mim os que mais brilham são os amarelos, em todos os tipos e tons. Combinam com as saíras, os sanhaços, sabiás e o canto do canário que também é amarelo, as vezes cabeça de fogo, canto estalo, canto corrido e tem mais, o carretilha bom de goela, bom de briga. São as cores do Brasil, nossa terra, nossas cores, nossas florestas, tão sovadas e caçadas. Tudo por aqui é lindo, mas mal mexido, mal tratado, coisas dos homens, estes pobres brasileiros nascidos ricos, em terra rica, onde tudo dá. Dá tanto que perdeu o respeito, nem seus filhos mais a respeitam tão sofrida, tão sugada e por todo o mundo invejada, porém para os de casa, não passa de malvada terra de pobre. Fim de caminhada dos que vieram e levaram e continuam levando e os seus filhos que também exploram e não dão valor. Pobre povo brasileiro, mistura de tudo de bom e de ruim, mistura de cores, de povos, mas os verdadeiros são tímidos em amá-la, terra tão rica, tão bela, mas chamada terra da bola, perfil de uma arte que por melhor que seja não pode fazer sombra à terra do Ipê, do pantanal, dos vales e morros, das minas e mares. Terra que depois das florestas, apresenta agora o ouro negro em seus mares. Acorda brasileiro, defende o que é seu, antes que algum aventureiro lance mão. Isso que não falei dos peixes, os dos mares, os dos rios, terra das águas, águas do mundo, celeiro do mundo, terra mal amada, mal tratada, mulher de malandro acanhada. Terra tão grande, mas que deveria ser abraçada por seu povo infiel, que não a merece, nem sequer se orgulha dela. Viajei pelo mundo, vi povos que erguem a bandeira e não tem tanto, quanto mais o exagero brasileiro. Que triste ver as árvores e a chuva e os ventos que escondem quando elas choram. Que triste ver as encostas peladas da mata atlântica perdida, em agonia, quase sem vida. Ainda há tempo, mas é quase tarde!Acorda brasileiro! Ama o que é teu!
r.e.castro 20/06/2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Primavera

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Cecília Meireles.
Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

quarta-feira, 18 de junho de 2008


Fraco ou forte.
Como é bom crer em Deus, como nos sentimos fortes, mesmo quando as situações convergem para um desfecho desastroso. Aparentemente em muitas ocasiões, deveríamos nos sentir fracos e desesperançados, porém isso não acontece, por que será? A vida com Deus, ligados e entregues as consolações do Espírito, não quer dizer resignação e conformismo. A fé nos leva a crer que o Senhor sabe o que é melhor para os seus e sendo assim aprendemos a esperar em Deus, aguardar a hora certa e manter a esperança de que o melhor está por vir. Parece falando assim, que se lido ou ouvido por pessoas alheias, ao que venha a ser o mover do Espírito, estas interpretem tratar-se de algum lunático, alienado que não quer enxergar. Porém na verdade é realmente estarrecedor, assistir o impossível acontecer. Lamento que a maioria seja cética, mesmo tendo dentro de si a semente, o senso do divino, e se perder elucubrando formas e saídas absurdas, ao invés de descansar em Deus. Entendo que a expressão “descansar em Deus” em geral, seja mal interpretada, levando a crer que devamos nada fazer ou simplesmente aguardar o maná cair do céu. Só Deus tem a medida certa das coisas e sabe como podemos viver da melhor maneira, de forma a alcançar o melhor para nós. Aprendi quando jovem, praticando algumas formas de defesa pessoal, que o bom lutador é aquele que sabe aguardar o bom momento e que quando está em desvantagem consegue absorver os golpes do adversário, suportando a dor e superando o medo do pior. Devemos aprender a nas horas difíceis, ficar firmes e crer. Se você desenvolver um relacionamento sincero e correto com Jesus, pode ter a certeza que nunca estarás só. Se aparentemente estiveres apanhando, aguarde que a vitória está próxima. “O Senhor obtém seus melhores soldados nos píncaros da aflição”. C.H. Spurgeon. Desenvolva este hábito de descansar no Senhor e verás que sentirás muita força nos momentos de maior aflição.

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. 2Co 12:9-10

r.e.castro 18/06/2008



“Pessoas ordinárias vêem a vida acontecer;
Pessoas extraordinárias fazem a vida acontecer”.
A. W. Tozer

“Quando começamos a falar excessivamente em oração, podemos estar quase certos que estamos falando conosco mesmo”.
A.W.Tozer

“Quem vive sob o domínio da sensação tenta realizar todas as possibilidades, mas estas não lhe proporcionam mais do que uma atualidade transitória. A ameaça do tédio é perpétua e consequentemente a busca de novidades conduz, em última instância, ao desespero”.
Soren Kierkegaard

“Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir”.
.Martinho Lutero

O Senhor obtém seus melhores soldados nos píncaros da aflição.
Charles Haddon Spurgeon

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Meu pai está indo....

Ele estava pálido, rosto abatido
A sua face era agora um crânio
Os olhos fundos, opacos me desconhecem
É o início do fim, vê o filho entende irmão.

Para quem gostava da vida, agora não vê sentido
O que era a vida já tão distante, agora perde os filhos
Em sua frente os desconhece, entende irmãos que se foram
Já vive outra vida, os de cá não vê, enxerga lá o outro lado.

Ele disse: hoje achei que ia. Perguntei, ia aonde?
Ele disse: Pro outro lado. Perguntei, que lado?
Ele disse: o lado de lá!
Eu disse, ou melhor, pensei: ué, agora existe outro lado

Ele era ateu ou agnóstico, sempre se disse forte, torcendo a boca.
Um dia falei de Deus, outra vez: e aí já fez as pazes com Jesus
Ele disse: Eu nunca briguei com ele,
Ele fez um gesto, puxando a gola, mostrou desgosto, por Deus.

Agora está só, ele e os pensamentos, uns bons, às vezes agonia.
Triste viver, se disse agnóstico, mas sempre falava em Deus
Agora pergunta pelo pai, a mãe, os irmãos, só fala neles
Deus amolece o coração, Deus tem tempo, triste viver sem Deus!

O tempo amolece o miolo, virou criança, pra quem lia Voltaire
Este, o Voltaire disse: em cem anos acaba o cristianismo
Este, o Voltaire morreu louco, miolo mole!
Outro disse: Deus morreu; Nietzsche o miolo mole, morreu. Louco!

Melhor pouco saber, por entender nada saber!
Inculcar sábio? Tornar-se louco!

r.e.castro 16/06/2008

Loucura de Deus!
Realmente sou obrigado a testemunhar, “a palavra de Deus não volta vazia”. Apesar de buscar a Deus desde a infância, percebo hoje que Ele sempre esteve junto a mim, na verdade eu estava perdido e dava cabeçada nas paredes achando que encontraria a Ele. Por anos persegui os cristãos com piadas e até com grosserias, achava que eram loucos e fanáticos. Não recebi uma resposta áspera sequer, porém insistia em me achar superior, de mente esclarecida, inteligente o bastante para não cair em contos de vigários. Não havia percebido meu encontro, minha estrada de Damasco, porém ele ocorreu mais de uma vez e eu como um asno espiritual permanecia em minha cegueira, negando-me o direito de ouvir aos Ananias que cruzavam meu caminho constantemente sem que eu percebesse a humildade necessária para enxergar a Deus. Os leprosos no tempo do antigo testamento são vistos sendo tratados como imundos e quando os mesmos passavam eram acusados de imundície e expulsos para fora do arraial para que vivessem excluídos da sociedade. Enxergo minha posição atualmente de forma distinta e muito claramente. Eu fui durante muito tempo como um leproso, porém de visão distorcida, na qual via nos crentes a loucura e a patologia social, quando na verdade eu era o confuso e louco.Ó ironia! “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde o inquiridor? deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus , loucura para os gentios ; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos,pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”.(1ªCo 1:20-25)
Atualmente já há alguns anos freqüento o meio cristão reformado, sinto-me um homem que nasceu de novo. A felicidade: vejo hoje, está inacessível ao homem natural, que ainda não foi atingido pela maravilhosa graça de Deus. Como é possível um homem que “fechava” bares e voltava para casa cambaleante dormia sob verdadeiros estados de coma alcoólico, acordava deprimido infeliz com si mesmo, ser mudado de tal forma a ponto de exultar de alegria por ter se tornado um servo de Deus, sentindo felicidade extrema, quando permanecendo em comunhão com os irmãos. Esse é o meu Deus! Aleluia!Posso testemunhar, mas só você mesmo pode, e por si só, poderá aceitar o convite que Jesus faz!Ele está à sua porta e bate....
r.e.castro 16/06/2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Canto de Natal

O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.

Manuel Bandeira

segunda-feira, 9 de junho de 2008



Desvios.
Percebo muitas pessoas sinceras em sua fé, pessoas boas, de bom coração, pessoas que praticam alguns princípios cristãos e pertencem a religiões distintas. Lembro de afirmações bíblicas e entendo a criação a imagem e semelhança de Deus. Sabemos que a queda afetou o homem em todas as partes do seu ser, porém não aniquilou totalmente, sendo assim as pessoas são brindadas com dons dos mais variados tipos e são sensíveis e percebe-se nelas a semelhança de Deus. As histórias são muitas e em um país considerado de maioria católica podemos afirmar que a grande parte foi influenciada pelo Deus Cristão e conhece mesmo que de longe a mensagem de Jesus. Fomos misturados em um sincretismo gerador de confusão e que apresenta um caminho para relacionamento com “Deus” muito fácil. Vemos então variados tipos de acessos desprovidos de regras ou princípios tornando simples o contato com o divino. A muito percebo desilusões de pessoas sinceras que buscaram Deus e foram objeto de farsantes, manipuladores ou por pessoas de boa fé despreparadas para a obra. Incluo neste rol algumas igrejas evangélicas, e seus falsos pastores. Percebo igualmente pessoas que buscam as bênçãos e não o abençoador. Porém o que me causa tristeza e quando vejo uma ovelha de Cristo desviada por ter sido vítima de desleixo ou falta de atenção, compaixão ou amor quando mais precisou. Sendo então acolhida em alguma filosofia que por melhor que seja, jamais substituirá o Pai. Esta uma das especialidades de satanás, o astuto senhor da maldade e do engano que desta forma afasta do rebanho do Senhor um filho ou filha amada. Uma pessoa desta poderá inconscientemente levar ao desvio ou da não aproximação da fé verdadeira, àqueles que mais ama. Sofri isto em minha família, vivi anos afastado de Deus, por ter sido influenciado por meu pai que se desiludiu em colégios de padre. Sinto muito não poder algumas vezes remover marcas muito profundas, porém estas pessoas permanecerão em minhas orações.
Tenho certeza que o Senhor saberá na hora certa abraçar e reconduzir a ovelha perdida.
r.e.castro 9/06/2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008


Planos de Deus.

Somos criados para quando crescermos, tornar-nos adultos e corresponder ao investimento feito em nós um dia, sendo prósperos e realizadores. Deveremos formar família, um trabalho e darmos continuidade a espécie. Em uma primeira vista é uma tarefa fácil e agradável. Porém a realidade não é bem assim. Primeiramente crescer abrange vários fatores: educação, saúde, investimento financeiro, preparo profissional e oportunidade. A escolha da profissão é um fator importantíssimo, mas acaba acontecendo como se fosse uma loteria, onde visamos simplesmente obter dinheiro. A obtenção de dinheiro é muito importante, porém não deve se tornar a coisa mais importante, mas normalmente é o que ocorre. Em busca desse “facilitador” constantemente a pessoa confunde essa obtenção, que deve ser um meio, um dos componentes de uma vida agradável, e o transforma em objetivo final e principal da sua vida.
A valorização correta dos muitos setores da existência humana requer um planejamento equilibrado. Tudo muito bom, mas como fazer? Poderiamos experimentar inúmeras técnicas, métodos educacionais, tudo já foi tentado, porém será sempre uma incógnita o futuro de cada um. Existem contingências que fogem ao nosso controle e fazem com que deparemos com a nossa limitação. Daí em diante passa-se a raciocinar com uma componente de nossas vidas que é a dúvida. Este é um ponto que merece a meu ver muito cuidado. Em quem acreditar em situação de incerteza?Neste ponto o homem, sensibilizado, temeroso, expõe-se as diversas formas de influência. Começam então as tentativas que podem levar a perder as mais promissoras personalidades. Vivemos época de grande exposição à mídia, nunca foi tão exposta à frágil condição humana. Precisamos neste ponto aprender a escutar a Deus. Ponderar de forma adequada as possibilidades de nos deparamos, a bíblia ensina que o homem foi afetado em todos os aspectos de sua identidade, vigora sobre si uma interpretação deturpada da verdade. O homem carece de Deus, percebe um vazio em si mesmo que só pode ser completado pelo Espírito Santo, que o levará a perceber suas carências de forma correta e o ensinará a um procedimento agradável a Deus e a si mesmo.Devemos orar a Jesus que nos conceda a fé e a confiança Nele, para que nos mantenha o coração afastado da preocupação e do medo, descansando sabendo que Ele venceu este mundo. Saberemos então escolher o bom caminho. Senhor Jesus ajude-nos a adequar nossos valores aos teus, ensine-nos a confiar em ti descansar em tua companhia.
“A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Hb 11:1

r.e.castro 5/06/2208

terça-feira, 3 de junho de 2008


CÍRCULO VICIOSO

Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
— "Quem me dera que eu fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!
"Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
— "Pudesse eu copiar-te o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte armada e bela..."
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
— "Mísera! Tivesse eu aquela enorme,
aquela Claridade imortal, que toda luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:
— "Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vagalume?"

Machado de Assis

domingo, 1 de junho de 2008


Salmo 32
1Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
2Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo.
3Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo.
4Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.
5Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.
6Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.
7Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia; de alegres cânticos de livramento me cercas.
8Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista.
9Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão.
10O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca.
11Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e cantai de júbilo, todos vós que sois retos de coração.