domingo, 22 de março de 2009

Persiste a busca, não a dúvida.
Muitas vezes temos a sensação de merecermos mais da vida, de que talvez certas coisas que nos acontecem, não deveriam acontecer. Muitas vezes nos vemos diante de injustiças, da falta de senso, a idiotice, a ignorância; tendemos a pensar: porque Deus permitiu?
Somos levados a um espiral de conclusões precipitadas, onde nos abraçamos como vítimas da auto- piedade. A pós-modernidade, o liberalismo, permitiram ao homem a experiência múltipla de viver suas escolhas e almejar direitos e possibilidades nem sempre alcançáveis. Somos e seremos sempre limitados, estaremos sempre fadados a morrer, mesmo que vivamos constantemente a delegar esta derradeira sorte a nosso ser interior, animal fértil em vontades, porém pré-consciente de culpa, levado ao raciocínio simplório para encobrir sua realidade cruel. O tempo vai passando, este ser inicialmente carente de bem estar social, físico, material, passa a pensar mais profundamente e a enredar situações onde a possibilidade de continuação se apresenta como na sábia sentença Shaquespeariana, de que há mais coisas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia, repetido por Freud, considerado ateu. Gostaríamos de um mundo melhor, de uma vida melhor para todos, queríamos para nós e nossos filhos um presente traquilo, ausência de angustia e um futuro sereno e seguro. Assim refletindo me vem a mente a realidade animal, em evolução considerada lógica e realista por muitos, em que estamos sob ação do acaso e levados pela incerteza da própria sorte. Eis então a questão: porque a ambigüidade humana do senso comum, politicamente correto, existencialista, de irremediável tendência ao transcendente. Considerando a postura atual negativa a ortodoxia, aos fundamentalismos, fundamenta-se o homem tendo como razoáveis conclusões radicalmente opostas, também dogmáticas e confunde-se, buscando no próprio corpo a ocupação e a satisfação da alma. Tanta coisa para ler, entender, aprender, transforma a angustia em prazer, transforma a dúvida melancólica em esperança pura, fé, mostra a limitação e a incapacidade, a falta de tempo, apresenta a humildade como meta, apresenta Jesus, Emanuel, Deus conosco.
r.e.castro 22/03/2009

“O amor a Deus por interesse próprio é uma coisa e o amor a Deus por causa dele mesmo é outra. Não pode haver confusão a esse respeito.”Jonathan Edwards

Um comentário:

Liliana Lucki disse...

Un lugar mejor para nuestros hijos.

¿Un sueño?

Algo debemos cambiar.

Desde Argentina te saluda Liiana.