segunda-feira, 29 de outubro de 2007














Muito Feliz.


Ando muito feliz, sei o que é. Agora tenho medo, ou melhor, não é bem o medo, um certo temor. Estou tendo a sensação de que se pode ser feliz apesar das complicações da vida. Eu e ela estamos em uma fase muito boa, acho que sempre estivemos, não sabíamos aproveitar. A vida a dois se confunde às vezes, críamos em coisas, e achamos que dependemos delas para sermos felizes. Quando nos conhecemos queríamos apenas ficar juntos, era o bastante. O animal homem é criador de coisas e casos, confunde o amor. Não precisa de muita coisa para ser feliz. Somos uma parte de um teatro onde participamos em nossos papéis. Quais são nossos papeis? Vivemos escolhendo os caminhos...Esse palco chega a nós fora de foco, por constantemente querermos atuar na paz que vive nele. Não sabemos atuar, então, interferimos na paz. A paz, só percebemos quando somos tirados do palco. Somos atores que devemos aprender a atuar e se aprende vendo e ouvindo. Ouvi falar do vale... O grande teatro não fecha enquanto o Dono não quiser. Eu tinha medo da morte, não era da morte, era da perda da vida, aí descobri que no fim do vale, o da morte, tem uma bifurcação ...há que tem ,tem, e lá continuamos a viver. O cara falou que era espírita e que a gente volta, eu a princípio acreditei, chííí!! Que coisa ruim vir novamente, começar tudo em outro corpo. O cara falou que conversava com os mortos..que loucura se existe isto, o mal existe, se existe o mal, existe um Deus pra controlar o mal, senão de tanto mal o quê existiria, acabaria logo tudo, o que seria muito mal. Então se existe um Deus, ele permite o mal, se permite o mal, existe o bem, então existe o bem e o mal. No final do vale tem uma bifurcação, o bem e o mal. O cara que fala com os mortos também vai atravessar o vale e no final vai encontrar, o outro cara que disse a ele que agente volta e ele vai querer voltar, pra cá não, eu sei que ele não volta, mas fica vagando, perturbando dizendo aos outros que a gente volta. No final do vale tem uma bifurcação, lá vou ver um caminho fininho e vou entrar..ah!! que vou... vou...eu escutei o cara certo !! vou ver meu irmão... vou ver o Leão!!!! Não vou ter medo não...Eu e ela somos felizes, teve tempo que não éramos...foi o mal....Ele deixou haver o mal..sofremos..só vimos o bem depois do mal, ali também bifurcou, escolhi o bom caminho, ela também achou, vimos o teatro, aceitamos o caminho..no final do caminho tem um vale ,no final do vale tem um caminho, fininho ou vê ou.... não tem volta!!! o mal as vezes é bom, o que é bom mesmo nunca é mau, permite o mal, mas não é mau.......tudo será bom ...não é teatro!

Ruy Eduardo de Castro.
25/08/2007

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