sábado, 22 de dezembro de 2007


Bezerro de ouro.
O entendimento cristão, sua vivência conduz o eleito a uma situação de perplexidade às possibilidades do mundo da fé e suas contingências. O neófito passa a desfrutar de um estado de identificação com princípios e possibilidades anteriormente impossíveis.
Quando Moisés liderou o povo eleito por Deus para fora do Egito, iniciou a trajetória com uma aceleração oriunda de dez maldições transformadoras que catapultaram um avanço ao impossível fazendo mares se abrirem e até então absurdos se tornarem magníficas demonstrações de força do Deus, sobrepondo-se aos variados deuses cultivados nas mentes que desconheciam o Criador, que doravante mostrava-se disposto a apresentar-se e contar a história da humanidade.
Era o povo herdeiro do atributo máximo, mantenedor da Verdade e guardador da Fé, EU SOU O QUE SOU ouviu Moisés e falou ao povo EU SOU me enviou a vós outros. EU SOU já havia se manifestado aos homens, mas de agora em diante queria que isto fosse feito por escrito, que se mantivesse guardado e que se aplicasse e se cumprisse até o final dos tempos de forma que todos que Ele quis fossem atingidos à sua hora e onde Ele quisesse, através se sua Revelação Especial.
A falta de Deus manifesta no homem, causadora dos mais variados males só é amenizada quando o indivíduo eleito por Deus é tocado por sua revelação e imediatamente regenerado passando então a um processo de conversão que um dia culminará em sua glorificação e sendo isso sem mérito próprio, somente através de Jesus o único caminho de ida ao EU SOU.
A Bíblia é considerada pelos cristãos a Palavra de Deus, sua leitura e o ouvir através de pregadores é o bastante para o homem ser atingido e conseqüentemente transformado. A Bíblia e o pregador são ferramentas na mão de Deus para obter seu intento salvador, recuperando o eleito de forma justa, conforme o conteúdo da mensagem messiânica, âmago da Verdade cristã.
De fato é de forma maravilhosa que um novo convertido vê sua transformação e é natural que sua sensibilidade seja aguçada diante do impacto de força tão devastadora comparável a quando descrito no Êxodo, Moises apesar de suas confessas franquezas e inseguranças conseguiu o que achava impossível, libertou o povo eleito de Deus. Entendo que possa fazer uma relação entre as duas situações de conversão e realmente admitir que o agora cristão nunca mais será o mesmo, passou a crer e crer no impossível para a visão humana natural. Desta forma está sujeito a crer mais do que era capaz antes deste impacto.
Podemos concluir que o livro e o pregador são veículos da Verdade e sendo assim devem ser tratados com o respeito evidente de tão honrada missão. Porém não podemos fazer do livro objeto de adoração e muito menos o pregador por melhor que o mesmo seja. Sabemos via o mesmo livro que continuamos todos pecadores e sujeitos a tropeços e quedas. Devemos nos ater a mensagem e nos confortar naquele que pagou por nossos pecados e nos redimiu, qualquer outra forma é idolatria. Vamos acreditar no que nos traz a mensagem do tesouro que as traças e a ferrugem não corroem, vamos tomar os cuidados necessários para não acreditarmos nos que reluzem como um Bezerro de ouro.
Ruy Eduardo de Castro.
21/12/2007

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