terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Só conheço esse nome.

São coisas do dia a dia, nem tudo são flores e vamos passando de baixo do sol nossas barreiras, tentando apartar a maldição e colher a bênção, se não conseguindo, tentando pelo menos acomodar a situação e aguardar que Deus aja sobre nós, pois há tempo para tudo nesse mundo de Deus.
É fato vermos variadas formas de ação para cada caso, situação e vemos que a boa intenção nem sempre é vitoriosa, mesmo que sincera. Dizem até que de bem intencionados o inferno está cheio.
Certa vez um amigo contou um caso de um pastor evangélico muito querido em Nilópolis, no Rio de Janeiro. Não se negava a instruir seus discípulos e pra dizer a verdade sua pregação causava uma verdadeira transformação nos alunos interessados em trabalho pastoral. Era homem grande, de voz forte de baixo profundo, entonação geralmente suave, mas certas vezes chegava a fazer o chão tremer de tanta eloqüência. Passava muita segurança fazendo até alguns acharem fácil a guerra com o catiço. Seus alunos não perdiam nenhuma aula e volta e meia se lançavam em vôos solo ao ministério, em insensata compulsão. Era um homem de pele negra, de raça tão pura que parecia recém chegado da origem. Mas mostrava que os anos vividos haviam valido e parecia deixar aflorar experiência remota da raça sofrida, um sábio atavismo. Nele, as coisas de Deus eram tão naturais, a conduta sincera, não adotava fingimentos nem demagogia. Volta e meia os de fora, que não conheciam, sentiam surpresa de como tratava das coisas do Pai, daquela forma só filho querido, amante leal e fiel servidor, se feito por outro, não sei o que seria. Apareceu por lá querendo estudar um tal de Gedeão, trazia carta de apresentação dizia ter chamado de Deus e queria desenvolver sua perícia em tirar demônio, mas não se sabe com que intenção. Nosso bispo o atendeu e como tudo estava correto resolveu aceitar o pupilo deixando pra Deus a resposta oportuna lá quando quisesse, mesmo porque não podia negar,afinal só Deus sabe quem é salvo ou não. Gedeão tinha bom conhecimento, mas parecia mais teoria que verdadeira conversão. Foi ficando no meio dos outros, foi o tempo passando e pelo método do pastor não havia data de terminar só dependia de Deus. Gê era bem desenvolto, bom de conversa não havia aquele que não conhecesse. Mas volta e meia perguntava quando poderia sair e colocar em prática sua sabedoria, pois considerava o tal de diabo favas contadas. Já sabia de tudo orava por todos dizia ser sempre usado por Deus pra curar, fazia mudo falar e até paralítico dizia que fizera andar lá no lugar donde vinha. As segundas eram dias de folga não havia seminário e todos deveriam descansar. O pastor parece que adivinhando, pregara no domingo sobre as astúcias do inimigo e o perigo de se lidar com o bicho. E assim foi... anoitecia o pastor descansava quando o telefone tocou, era o Gê que dizia estar tentando tirar um demônio que renitente não saía e já não saber como fazer. Pensou o pastor, coçou a cabeça e perguntou ...o que você fez? Como orou? Conta pra mim, Gê falou que estava desde cedo lutando e o bicho não queria sair, já tava lanhado, todo amassado, já tinha falado no Nome não sabia quantas vezes e o diabo não ia, já quase chorando, pedia pastor o que eu faço? Perguntou... tem outra palavra para falar que o sr não me disse? Perguntou o pastor ... em nome de quem você mandou sair? Foi no nome de Jesus respondeu Gê ... então disse o pastor... Meu amigo eu só conheço esse ... comigo sempre funciona !!! se não deu certo.. corre que que bicho é bravo....rsrsrsrs...

Ruy Eduardo de Castro
16/07/2007.

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