terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sinal de amor a pátria.
Nós brasileiros estamos acostumados a nos sentirmos como os “grandes” da America do Sul, fomos abençoados com um país rico e exuberante, na maior amplitude que se possa atribuir a esta palavra. Quando chegaram aqui os portugueses, Pero Vaz de Caminha deixou claro logo em sua primeira carta ao rei, já avaliando o quanto poderiam explorar. Fomos colonizados sem amor e o país foi o grande escravo de Portugal e de quem mais passou por aqui levando tudo o podia. Apesar de tudo isto e do relaxamento do povo e dos governantes corruptos, a pátria cada vez mais se mostra rica e venturosa em sua exuberância transbordante. Atendi a um chamado de um amigo argentino com trinta anos de atraso, mas enfim cheguei à Buenos Aires.
Surpreendi-me, pensava encontrar uma cidade velha, mal cuidada, pois sendo nós os ricos, como deveriam estar os irmãos sul-americanos dos quais se fala estarem quebrados e em pior situação que nós. Quebrei a minha cara, encontrei uma cidade linda, bem cuidada, bem policiada, povo educado, consegui passar alguns dias, sem a sensação de que poderia ser assaltado ou quem sabe premiado com uma bala perdida a qualquer momento. Passeei com minha mulher, com máquina fotográfica pendurada no pescoço, em momento algum senti insegurança. Fui atendido por quatro taxistas bem educados e solícitos, dos quais, nenhum me enganou em hora nenhuma. Vi uma cidade que recebe bem aos turistas e cuida de seu patrimônio cultural, artístico, arquitetônico, que é gentil e bem educada. Com muito menos, sem condição de comparar em beleza natural, conseguem atrair e receber muito melhor que nós.
Encontrei vários conhecidos brasileiros na viagem e não escutei ninguém reclamar, a brasileirada estava toda lá.
Não poderia deixar de citar ter cruzado com o nosso prefeito eleito Eduardo Paes, na Galeria Pacífico, parecia bem humorado e feliz, espero que ele tenha observado e como eu tomado uma lição. Podemos aprender muito com os argentinos. Mesmo com a laia de políticos que têm por lá, semelhantes aos nossos, conseguem com menos, fazer melhor que nós.
r.e.castro 4/11/2008

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