terapia pessoal

A CRISE DAS CRISES



Muito se fala do constante e crescente impacto da modernidade sobre a igreja, mas se relembrássemos alguns pontos importantes da nossa história, e até mesmo antes de ser nossa esta história, rapidamente perceberemos que os processos se repetem e o homem tornou-se refém da própria condição de ser homem; uma mente influenciada por uma natureza decaída, um corpo que reage aos impulsos negativos como o orgulho e o egoísmo e, graças a Deus, a completa dependência do amor, da graça e da sublime misericórdia do nosso Senhor.
A tal crise de lideranças pós-moderna influenciada pela pluralidade política, na verdade teve início quando o homem desobedeceu a uma ordem direta de Deus, e quando este “Ser”, criado a imagem e semelhança do Pai, possuidor de inúmeros atributos divinos rebelou-se tentando alcançar a ilusão elaborada pela mentira de satanás, ser igual a Deus. No jardim, no Egito, no deserto, no reino divido, na filosofia que gerou inúmeras pragas doutrinárias, na união da igreja com a política promovida por Constantino, no império católico, no iluminismo e agora na tal pós-modernidade. O homem tentou substituir Deus e isso é o que o filho pródigo repete, repete e repete; ele pede a herança porque em seu coração o seu pai jaz morto em benefício de suas paixões carnais. Jesus nos mostra o quanto somos egoístas e o quanto nosso Deus é misericordioso.
A “isonomia” desejada e estabelecida pelas “deformações” são nada mais que a constatação de que o homem continua sendo homem e continua praticando com excelência a sua infame capacidade de realizar o mal. É certo que a história nos mostra que houve um mascaramento dessas condutas. Satanás já não era mais soberano desde que Jesus restabeleceu o seu reino e outorgou o seu poder a igreja dos santos. O objeto do mal é camuflado como Cristo nos adverte falando do joio e do trigo.
O EUA, por exemplo, que é um país hipócrita ao extremo, quando o seu líder maior pede a ajuda de Deus para covardemente massacrar um pequeno país inóspito e miserável, cheio de terroristas criados e treinados pelo próprio EUA. Sim, logo esta nação que foi forjada por cristãos puritanos, mas que infelizmente a história registrou o seu orgulho, a sua crueldade e desprezo por outras raças e nações. E ainda queremos culpar a modernidade por isso; mas como, se milhões já foram mortos em nome de Deus. A tal pós-modernidade apenas escancarou o que era enrustido, hoje não precisamos ser mais hipócritas, apenas cínicos como o presidente Lula; que nega a máfia do seu governo, nega o seu discurso socialista, nega sua origens, negando assim também a sua ideologia. Não existe uma sutil passagem e sim uma drástica história de enganos: Adão que desobedeceu ao seu criador como Caim que matou a seu irmão, como o filho de Noé que riu da sua
nudez, como Ló que escolheu a melhor campinas, como Jacó que enganou seu pai, como Moisés que não entrou na “terra” por causa do povo que o irritou e também se rebelou contra o seu Deus, como Davi que mandou matar por uma paixão, como Salomão que adorou postes-ídolos, como Pedro que negou a Cristo, como Ananias e Safira que mentiram a igreja, como Paulo que a dois mil anos atrás se declarou maldito por nem sempre poder fazer a vontade de Deus mesmo que isto ele desejasse ardentemente.
Eu creio que realmente exista uma crise, uma crise de memória, pois vivemos tentando esconder quem somos e covardemente, como sempre, apontamos para algo exterior que não vem de nós. Uma força que atua em nossas pobres almas nos empurrando assim para a maldade, quando na verdade, o coração do homem está cheio dela. Nosso Senhor simplesmente nos falou: “sem mim, nada podeis fazer”. Somente o sangue do cordeiro nos limpa e nos justifica e aqueles que verdadeiramente o amam são profundos conhecedores da sua verdade e tem prazer em se prostrarem e proclamarem a soberania de Deus em suas vidas. Tirar o joio do meio do trigo, é uma função divina. Cabe a nós clamarmos por sua misericórdia e realizarmos a boa obra.



Edem Carvalho