sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


Copacabana.
Andava e pensava como quem batuca um ritmo, sentia felicidade, observava com prazer o ambiente que rodeava. Pensava assim sobre tudo e sobre todos, olhando um que mancava,lembrou-se
do dia que fazia armadilhas na praia, fazendo buracos, cobrindo com uma folha de jornal, espalhando areia pra disfarçar. Então e veio Zé, gente boa, que caiu e quebrou a perna, pô! Logo seu Zé!Lembrou das meninas do short curtinho que andavam juntas e não davam bola pra ele, só queriam os mais velhos.Agora outro tempo, sabia das coisas, ria sozinho.Quantas passaram depois chegaram e se foram deixando lembranças vagas e muitas estórias. As lembranças recheavam a cabeça, era bom. Vagava por Copacabana, Galeria Menescal , vinha a mente enquanto comia um kibe no Balbek , doces lembranças.O tempo que descia a Figueiredo com os amigos, paravam a esquina da Atlântica e ficavam vendo os carros dos bacanas. A Atlântica tinha só uma pista, com os amigos sonhava um dia, como seria? Quando nadava pra lá da rebentação até ver o Cristo, muito caldo, pegando jacaré de peito. Copacabana terra boa. Um tempo depois os pegas na praça do bairro Peixoto. De repente! cruza com a gata que virou baranga, caraca, ainda bem, não me viu,...ou será que já virei sapo?E depois o tempo que o velho foi rico, tempo bom, casa nova tudo de bom!Faculdade, muita gata, namoro sério, deixa pra lá! Boa lembrança!Memória embola começou a vida, muita ação, Londres, muito risco, só hoje vê, mas foi bom, Deus guardou, senão dançava. Foi lá buscar a festa, achou, foi fundo. Volta e meia lembrava-se da família, da casa, da terra, trabalhou duro, juntava grana, virava bacana por alguns dias, depois veio o tempo sem graça a festa passou a ser comum todo dia, dia a dia e aí aonde vou?Transbordou, matou a vontade de sonhar, sonho que sonho? sobrou ação, vou voltar! Agora pensa, na Menescal, no Balbek, comendo quibe, foi legal, agora é melhor! veio a calma, calma pra ver, pra viver, aproveitar o que tem, pra que tanto, tão bom viver, só viver e ver o acontecer à volta, perceber nos outros agonia, a alegria e saber calar, tem que calar, deixar viver.
r.e.castro 26/12/2008

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