terça-feira, 1 de julho de 2008

Bem me quer!

Veio como presente aceitei otimista
Meio avoado andava atônito
Ansioso eu vivia, não pensei gostei
Lá estive muitos anos, plantando sonhos
Colhendo pesadelos, sofrendo cego

Entre os galpões da antiga fábrica
Arei com força a terra, suei o sangue
Lavrei chorando pela esperança
Revelou-se mau, fonte perversa
Jorrou amarga, enterrou planos

Muitos anos, jovens anos
Lá vivi guerreiro forte, nervos de aço
Transformei o lodo em esperança
Onde havia deserto, plantei árvores
Virou jardim, continuou frio sem Deus

Depois de muito tentar assumi a fraqueza
Apanhei muito, mas não perdi o brio
Se continuasse perdia a vergonha
De fora olhavam, riam, criticavam meu suor
No meio do inferno encontrei Deus

Quando Ele não muda a situação, muda a gente
Tirou-me de lá, agradecido, orei e entreguei
Nas mãos Dele deixei como quem perdeu,
Reconheci minha tristeza, chorei ingênuo
Conheci minha tolice, envergonhado chorei

Não me apeguei, toquei a vida, amei a Deus
Novo destino nunca sonhado parece vir
Vem da mão Dele quero saber, sinto temor
E se vier como fazer, não sei, Ele sabe vou ceder
Hoje acordei pensando estar lá havia uma escada

Olhei para cima era muito grande, áspera
Ela, a escada era alta subi correndo
Em cada lado olhavam, oravam crentes e descrentes
Não tive medo subi com força, lá em cima na saída
Vi o maldito em forma de gorda possessão


Agradeci para sair ela rosnou era mórbida obesa
Já lá fora a vi despeitada, com esquelética madre seca
Eu estava livre e vi um caminho estreito
Saí do inferno encontrei a vida, acordei assustado
Orei a Deus voltei a mim entendi o sonho,
Deus me quer bem! Vem novo começo! Agora com Ele!

r.e.castro 1/07/2008

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