sábado, 5 de abril de 2008






Brincadeira tem hora.

As coisas sérias da vida, certas vezes aparentam ser brincadeiras. Brincamos “amigavelmente” com uma moça, e percebemos ter afinidades em comum, amor, prazeres em comum, se desenrolam de forma natural, como deve ser e quando vemos aquilo que era uma brincadeira virou sério, até demais e podem causar algumas vezes, problemas fora de hora. É o prazer que toma conta do corpo e desenvolve normalmente uma atitude incontrolável, incapaz de ser limitada, depois de explodir. Quando se está maduro o bastante, tudo bem, as coisas se arrumam aos poucos e passamos a ser unidos e viver a dividir a vida e fazer um par, um casal , uma família, uma coisa maravilhosa que se desenrola naturalmente, agrada aos homens, agrada a Deus. Mas nem sempre e assim. E verdade que muitas coisas sérias acontecem desapercebidamente como brincadeiras, achar uma filha, um filho gordinho, bonitinho, estimular comer bastante, desejo natural de conservação, seria ótimo, porém atualmente a obesidade é um grande problema dos países desenvolvidos, causando sérios danos a saúde e ao bolso. Em certo ponto a pessoa entende que o prazer imediato, o prazer de comer, transporta a uma dimensão de satisfação que agrada aos sentidos e engana a alma. Quando se vê já é tarde e está afeiçoado ao hábito de extasiar-se comendo, achando encontrar uma alternativa de vazão, um alívio que disfarça frustrações, necessidades e assim as encobre, mascarando os sentidos, dando uma falsa sensação de satisfação, felicidade. Quando percebemos uma situação mórbida instalou-se, talvez irreversivelmente. Sexo é bom, beber, comer também é bom. Guardando as devidas condições e regras de equilíbrio, temperatura e pressão, nossos corpos foram criados para dar prazer, alegria, desfrutar de paz e felicidade, ainda não vi onde diz que devemos sofrer, nos flagelar, o mal está no exagero. Deus criou o homem e para ele fez a mulher, uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Complementar, talvez até suplementar, algo necessário, algo bom, muito bom. Suplementar, pois elas iriam continuar a conceber a humanidade, os seres de imagem e semelhança ao criador, resultante do amor e prazer.
Em uma dessas aparentes descontrações, atitudes inconseqüentes, algo aconteceu, e Deus permitiu, brincaram com Ele, houve a queda, vontade do homem e o que era para ser só amor, dividiu-se em sete partes: orgulho, inveja, ira, avareza, gula, luxuria, e preguiça, a cada dia o seu mal. O homem percebeu seu erro, o homem percebe seus erros, o homem continua errando, mas Deus estende sua mão e apresentou a saída, a forma perfeita de destilar o mal e torná-lo um bem.Tirar através de Seu Espírito, o bem, restituir do mal, do equívoco, à sua forma original e desta vez incorruptível, glorificada.Fez-se homem, passível de erro, de alienar-se de ser Deus, como um qualquer,sem aparência ou formosura,não apelou para sua condição divina, venceu o mal.Tomou sobre si nossas enfermidades e nossas dores levou sobre si.Resistiu a todos os males, provou ser ao homem possível ser justo, conviver em estado de graça, sem ter necessariamente que fraquejar até à queda. Falamos lá no início do prazer, como pode ser luxuria ou amor, falamos do prazer da comida e do poder da gula, citamos sete erros, sete dias, sete pecados, sete possibilidades de queda, mas falamos também de um caminho, um só caminho, estranhamente, sem aparência ou formosura, sendo que carrega consigo toda a força , todo o poder, toda a beleza, tudo de verdadeiro valor. Enfim, a vida não é uma brincadeira de crianças, na maioria das vezes é vivida em um renovar de tolices, por um velho homem, que não enxerga ou não quer ver!

Cessa filho meu, de ouvir a instrução, e logo te desviarás das palavras do conhecimento
A testemunha vil escarnece da justiça; e a boca dos ímpios engole a iniqüidade.
A condenação está preparada para os escarnecedores, e os açoites para as costas dos tolos

PV 19: 27-30

r.e.castro 5/03/2008

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