quinta-feira, 3 de abril de 2008




O grande manicômio.

Vejo o mundo, a vida, um grande espetáculo. Vejo os seres, que habitam “nosso” planeta como personagens interagindo, sendo influenciados uns pelos outros, terem condições de como numa trama de um romance, uma novela,onde alcançassem um final equilibrado que não gerasse vencedores ou perdedores. Vivemos atualmente em um estado de desgraça, onde o homem visa sangrar seu semelhante, tentando retirar dele o máximo que puder e usufruir com gozo os despojos obtidos. Vivemos ao longo da história da humanidade vários períodos de trevas e barbárie em que variados grupos, de diversas ideologias, geraram idéias inovadoras, teorias igualitárias, revolucionárias, porém todas elas com o tempo se corromperam e os heróis salvadores, representantes dos oprimidos rapidamente se acharam “mais iguais” e sendo assim puxaram mais brasas para suas sardinhas. Lembro-me de um livro de George Orwell “Revolução dos bichos” que muito bem retrata em forma de sátira, este fato político, este estado de coisas característico da decaída situação humana. O Sr Eric Arthur Blair, verdadeiro nome deste autor, transtornou-se tanto com o que via no mundo e retratava em seus livros, que se afastou de sua confortável situação no sistema britânico e morreu na miséria.
Neste ponto gostaria de apresentar minha opinião sobre este non sense , esta característica dos homens , pertencentes a esta grande trama, como artistas se envolvem tanto com o personagem e em uma luta desenfreada de almejarem todos ao mesmo tempo o direito de protagonizar o enredo. Cada um em seu micro-cosmo particular e até onde possa chegar, com intuitos auto celebrizadores. Renasce desta forma a cada momento um canibalismo de tal morbidez que não é encontrado sequer no mundo irracional. O liberalismo, a globalização desvirtuada, o individualismo cada vez maior contradiz sua essência auto atribuída. Em nome do “bem-comum” se devoram, são lobos de si mesmos, como no empirismo de Tomás Hobbes, e como ele tambem diz é “ a guerra de todos contra todos”.Observo neste conjunto da miséria e estupidez humana sua arrogância de vindicar cada um para sí, sua pseudo-condição natural intríncica de razoabilidade e transbordamento de bom senso. Concordo então com Renee Descartes em seu “Discurso sobre o metodo” quando jocoso afirma com suas palavras que o “ todo homem, considera-se muito bem aquinhoado de bom senso a ponto de não precisar de mais e conclui ser o bom senso a “coisa” mais bem distribuida na homanidade”. Perdoem a minha visão escatológica, mas sou obrigado a afirmar que realmente estamos perdidos!São um bando de loucos e vivem como afirmou Blaise Pascal em um grande hospício! Concluo entendendo que a visão dos princípios cristãos do Deus que vive, ressurreição, o amar ao próximo como a sí mesmo, muito mais aproximado do que se pode chamar de razão.

Em toda a Terra, havia somente uma língua, e empregavam-se as mesmas palavras. Gn 11:1-9


r.e.castro 3/04/2008

Nenhum comentário: