sábado, 8 de março de 2008



Os estados de uma vida.

Durante nossas vidas passamos por vários estados, sucessivas mudanças, às vezes evoluindo, outras vezes pensamos estar parados. É o dia a dia, o ato de ganhar a vida, estado de ser que não é o natural do homem, " maldita é a terra por tua causa, em fadigas obterás dela o teu sustento". Boa oportunidade para reflexão. O que deveríamos fazer, para Deus nos permitir uma vida que O agradasse e ao mesmo tempo fosse agradável a nós mesmos. Como podemos equilibrar nossa jornada de trabalho e fazer o culto racional a Deus, buscando estabilizar nossa situação espiritual?Seria somente freqüentando os cultos na igreja aos domingos, participar das atividades, contribuirmos para o crescimento do Reino e assim estaríamos quites com Deus e merecedores da salvação, sabem que não. Vemos em todos os setores da vida humana seqüelas da queda, percebemos que a mesma afetou o homem em toda a sua complexidade. A corrupção humana percebida tão facilmente, mostra o homem totalmente incapaz de salvar a si próprio ou fazer qualquer obra meritoriamente boa capacitando-o a salvação. Somos incapazes sequer de separar o bem, do que não agrada a Deus. O conhecimento cultural amplo, a profundidade da teologia alcançada por alguns, “aparentemente conseguida por alguns”, não os livra de escorregões crassos. Desde o início de meus estudos teológicos venho conhecendo pessoas da lida das coisas de Deus, gente boa, gente capaz e muitos enganadores também, até de si próprios sem perceberem. O caminhar, a fadiga para obter da terra o sustento, a luta pela sobrevivência, suas preocupações decorrentes da busca pelo reconhecimento e estabilidade tão ansiada, faz com que muitos se percam. Quem estaria então agradando a Deus?Fico muitas vezes pensando no carinho e cuidado que Jesus tinha pelos desprovidos, pelos seus pequeninos, "as raposas têm seus covis, as aves dos céus ninhos, mas o filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça". Ele não vivia preocupado em construir templos, mas todos se admiravam com “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Sabemos que devemos orar,podemos pedir a Deus que nos abençoe, devemos interceder pelos que sofrem, devemos fazer o bem. O ato de orar, fervorosa conversa com o Pai, a meu ver deve contemplar uma posterior reflexão sobre a Sua resposta. Muitos homens se confundem a meu ver querendo acertar, de boa fé, por não atentarem para as respostas de Deus. Atualmente vivo um conflito sobre como agradar ao Deus que amo e sou consagrado. Gostaria de me dedicar integralmente a sua obra, mas ao mesmo tempo devo dedicar-me a minha família, seu sustento e as responsabilidades assumidas muito antes de sonhar em um dia estudar teologia, ser por Deus convertido e passar a querer adorar a Deus e ponto final.
Pergunto novamente, onde está o equilíbrio?Estaria no profundo conhecimento das escrituras, da teologia aplicada em nossa limitada inteligência, ou será que devemos atentar para as respostas de Deus às nossas vidas, nos preparando não somente para divulgarmos sua Palavra, ensinar Sua palavra, porém sem negligenciar Sua vontade soberana?Agradando a nós mesmos usando o nome Dele? Onde estaria a fronteira do servir a Deus e o usar a Deus?
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em MUITO a dos escribas e fariseus, JAMAIS entrareis no reino dos céus. Mt 5:20
r.e.castro 8/3/2008

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