sábado, 1 de março de 2008


Pensando, só pensando.

Estive pensando sobre o relacionamento de pais e filhos, lembrando-me de uma afirmação feita por um amigo há muitos anos atrás. Naquela época ele me afirmou serem os filhos um problema muito sério (usou um termo rude) e que se arrependia de tê-los tido. Sua amargura era grande, estava já com a idade avançada, ponderava seu passado, admitia suas faltas, alegava ter dado mais do que recebera de seus pais, sua origem modesta e suas lutas para criá-los. Dizia ele que os filhos logo que se sentem razoavelmente capazes de tratar de suas vidas esquecem-se dos pais. Quando dependem nunca nos livram do fardo, como se fossemos culpados por suas incapacidades e frustrações. Havemos de concordar ser uma afirmação amarga e provavelmente muito comum. Muitos pensam assim e investem em defesa própria, contra filhos ingratos. Tenho a característica pessoal de observar o relacionamento humano. Percebo as idiossincrasias, suscetibilidades, as características das personalidades na formação de um conjunto, uma identidade. Tenho habito de avaliar a forma como fui criado, atualmente assumindo a posição de meus pais, vendo minhas fases, minhas dificuldades, males que causei, coisa boas que achei ter feito e sempre me coloco em um emaranhado de sentimentos conflitantes. Hoje tenho filhos adultos, observo reações e consigo avaliar a ambigüidade dos fatos e as formas distintas de interpretação das situações. Os pais são a maior influência na formação da personalidade dos filhos, algumas afirmações comuns em minha casa durante minha infância até hoje ressoam em minha lembrança. O mundo de hoje nos torna expostos desde a mais tenra idade a influências, que em meu modo de pensar levará o homem a problemas ainda mais graves em seus relacionamentos futuros. Tentarei explicar meu raciocínio, levando em conta os costumes adquiridos pelas gerações após a minha. As crianças de hoje são expostas a TV, games etc, as crianças de hoje iniciam a convivência escolar em creches cada vez mais cedo. São afastados da família precocemente. Não sofrerão eles uma exposição excessiva a estranhos e por acostumar-se a distância dos pais,não será prejudicial ao laço afetivo familiar no futuro? Esse costume citado, esta distância é habitual faz muito tempo em outros paises desenvolvidos e a aproximadamente quatro ou cinco gerações (sete anos cada) vem sendo costume no Brasil. Não será este costume um dos causadores do individualismo e forte tendência egoísta do homem atual? A instituição Família em meu modo de pensar deve ser recuperada, o humano é um ser gregário por concepção. Devemos concordar que mesmo com pais imperfeitos, mas bem intencionados é melhor tê-los junto. A família e a célula da sociedade. É verdade, não existir família perfeita. Devemos tratar da família através dos indivíduos separadamente, visando recuperar o conjunto familiar e a sociedade fraterna, igual e livre. O ser humano confunde seu ideal de liberdade quando a busca individualmente e pensa existir sem dividir. O hábito da comunicação humana surgiu e evoluiu para congregar e vencer juntos situações inóspitas. Só para pensar!O homem está gelando! Pensemos Deus!

r.e.castro 1/03/2008

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