sábado, 29 de março de 2008





Usados como armas.
Lembro-me ser adolescente e assistir uma novela, onde algumas cenas me marcaram. Era uma família pobre cujo chefe da família era um crente. Ele era o pai da mocinha e haviam vindo do interior para a cidade grande. Foi uma demonstração muito grande de preconceito e um ataque violento, apresentando os crentes como ignorantes fanáticos.O pai da família fazia reuniões ao ar livre em praças e lugares de grande movimento, apresentava a palavra de Deus acompanhado de um bumbo. Construíram uma imagem violenta, aquilo me marcou e senti um estranho sentimento de pena por aquele homem mal interpretado e considerado louco. Sua filha tentava galgar status social e aqueles fatos, tipificavam uma possível desqualificação. Não costumo assistir qualquer programação de televisão, confesso que certas vezes me sinto até envergonhado em dividir algumas das programações com minha família, por considerá-las constrangedoras. Considero a televisão um veiculo que poderia abençoar pessoas, instruindo-as de melhor forma, sem gerar preconceito e sem apresentar visões deformadas de setores da sociedade. Há algumas semanas vi novamente em versão moderna, novo ataque preconceituoso, em uma novela de uma de nossas redes de televisão, foi de grotesco mal gosto. Novamente envolvia pessoas de religião evangélica apresentadas de forma deturpada. Atribuo isto e mais outras manifestações de deselegância e grosseria à alguma deformação psicológica dos responsáveis. Na forma que agridem a tudo e a todos, em nome de liberdade de expressão, estuprando jovens consciências ainda despreparadas. Ouvi falar de um fato da mesma forma dantesco, onde uma famosa atriz antiga, em cena cuspiu escondida na bebida ou comida de outra personagem, mostrando raiva e vingança.Na minha forma de pensar isto é apelação,despreparo,angustia de criação,falta de princípios morais básicos para exercer um cargo de tal responsabilidade.A inconseqüência, total alienação aos bons costumes, sabotagem psicológica indesculpável. Desde o tempo do jovem que assistiu àquele capítulo da novela antiga,até hoje, se passou muito tempo, eu vivi, assimilei experiências aprendi a filtrar discrepâncias, porém lamento ver o erro ser repetido em cores mais fortes e em voz mais alta e a ampliação da maldade. A imagem antiga me vem à mente, imagino os antigos pregadores, o método de pregação ao ar livre e louvo a coragem, determinação destes irmãos. O que mais me entristece, não e a simples ofensa ao homem, mas a banalização do ato de agredir generalizando, sem sequer conhecer melhor ou sem critério algum, simplesmente agredir visando sensacionalismo barato, lucro. Isto é uma forma de corrupção, uma forma de um profissional medíocre se afirmar com linguagem chula, impiedosamente distribuindo golpes ao léu, semeando conclusões estúpidas e incontroláveis. Pobre insensatez, ignorante fraqueza, a arrogância filha idiota do orgulho, só prospera no solo torpe da vulgaridade. Lamento uma pessoa ou um grupo, desconsiderar ou não saber avaliar a própria capacidade de danificar, pois quem semeia vento colhe tempestade!

O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria. O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar seu interior. Pv 18:1-2

r.e.castro 29/03/2008

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